segunda-feira, 29 de junho de 2009

Capuchinha


Nome científico: Tropaeolum majus L.

Família: Tropaeolaceae.

Sinônimos botânicos Cardamindum majus (L.) Moench, Tropaeolum elatum Salisb., Tropaeolum hortense Sparre, Tropaeolum hybridum L., Tropaeolum pinnatum Andrews, Tropaeolum quinquelobum Bergius, Trophaeum majus (L.) Kuntze.

Outros nomes populares: agrião-do-méxico, agrião-grande-do-peru, agrião-maior-da-índia, capuchinha-de-flores-grandes, capuchinha-grande, chagas, flor-de-chagas, capucina, capuchinho, chagas-de-flores-grandes, chagas-da miúda, cinco-chagas, cochlearia-dos-jardins, coleária-dos-jardins, curculiare, flor-de-sangue, mastruço, mastruço-do-peru, nastúrcio, nastúrio, sapatinho-do-diabo. Capuchina (espanhol), capucine (francês), nasturtium (inglês), nasturzio comune e tropeolo (italiano).

Constituintes químicos: ácido ascórbico, ácido clorogênico, ácido erúcico, ácido tropaeolínico, açúcares pigmentos (glicose e frutose), benzil cianido, ß-caroteno, glucotropaeolina (transforma em antibióticos), helenina, isoquercitrina, kaempferol, maltose, mirosina (enzima), óleo essencial, pectinas, pelargonidina, quercetina, resinas, sais minerais, zeaxantina.

Propriedades medicinais: antibiótica natural, antiescorbútica, aperiente, ativadora da circulação sanguínea, béquica, depurativa, digestiva, diurética, estimulante, expectorante, fungicida, purgativa (frutos secos), remineralizante, sedativa, tônica, tônico capilar.

Indicações: acne, adrenomieloneuropatia, afecções da pele, afecções pulmonares, caspa, desinfectante das vias urinárias, eczema, escorbuto, escrofulose, falta de apetite, fortalecedor do couro cabeludo, impurezas no sangue, infecções bacterianas e fungais, infecções genito-urinárias e respiratórias, insônia, pele envelhecida, pele e cabelos enfraquecidos, prevenir a queda de cabelos, problemas digestivos, psoríase, retenção de líquidos, tosse.

Parte utilizada: botões florais, caule, flores, folhas, frutos, pó dos frutos secos.

Contra-indicações/cuidados: é contra indicada para gastrite, gravidez, lactação, hipotiroidismo, insuficiência cardíaca ou renal. Pode causar irritação gástrica, ação antitiróidica indutora de bocio. O uso excessivo pode causar hipotensão e potencialização dos efeitos de cardiotônicos.

Modo de usar:
- folhas e flores empanadas e em saladas frescas;
- salada de folhas e flores cruas: combater o início da gripe, abrir o apetite, digestivo, antiescorbútico;
-suco frescos da planta: 1 colher de sopa em intervalos de 2 horas. 30 g a 50 g por dia: expectorante e calmante da tose. À noite: insônia.
-infusão 40 a 50 g em 1 litro de água. Tomar 4 a 5 xícaras ao dia;
- infusão de 4 colheres (sopa) de folhas picadas ou 2 de sementes em 1litro de água Tomar de 3 a 4 xícaras ao dia.
- infusão para uso externo: 4 colheres (sopa) de folhas picadas ou 2 de sementes em 1/2 litro de água;
- infusão de 2gs de folhas em 100 ml de água fervente por 10 minutos. Tomar 3 ou 4 vezes ao dia ou usar como loção no couro cabeludo.
- decocção de 40 a 50 g de sementes em um litro de água, meia hora. Coar e beber quatro ou cinco xícaras por dia.
- decocção de 50 gs folha fresca (2 col de sopa) triturada em um litro de água por cinco minutos. Esprema, coe e enxague os cabelos: fortalecer e dar brilho, combater a queda.
- emplastro triturando as folhas e flores frescas num pilão: friccionar o couro cabeludo por 5 minutos. Enxague com água fria, uma vez por semana;
- pó dos frutos secos. Tomar ½ g em ½ copo de água. (purgativo)
- esmagar sementes, misturar sumo vaselina, passar na pele: espinhas, acne, envelhecimento da pele.

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Flor que enfeita salada previne doenças

Uma flor comestível, mais usada como ornamental do que para enfeitar saladas, está agitando o meio científico: é a Capuchinha, também conhecida como Nastúrcio. Nomeada cientificamente como Tropaeolum majus, a capuchinha acaba de revelar mais uma qualidade - a flor é rica em um carotenóide, a luteína, que está relacionada com a prevenção de doenças como a catarata e a degeneração macular, principal causa de cegueira entre pessoas com mais de 55 anos. A constatação está na dissertação de mestrado de Patrícia Yuasa Niizu, defendida junto à Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp.

Carotenóides são pigmentos amplamente distribuídos na natureza, responsáveis pelas cores laranja, amarela e vermelha das frutas, verduras, flores, alguns peixes e pássaros, bactérias, algas, fungos e leveduras. Embora não haja uma recomendação "formal" quanto à quantidade a ser consumida, alguns estudos apontam que a ingestão "prudente" dessas substâncias auxilia no fortalecimento do sistema imunológico e na redução de doenças degenerativas, como as do coração, da visão e certos tipos de câncer. De acordo com Patrícia, existem pesquisas que apontam que cinco porções de frutas e verduras ao dia seriam adequadas para proporcionar ganhos à saúde.

Pensando nisso, a autora da dissertação resolveu investigar um pouco mais sobre os carotenóides em flores, folhas e frutas. Em seu trabalho, Patrícia comprovou a Capuchinha é muito rica em luteína, um dado ignorado até então. O aspecto curioso dessa descoberta é que a flor, embora seja comestível, tem um uso mais decorativo do que nutritivo. "Por ser bonita e apresentar cores como o amarelo, o laranja e o vermelho, ela é mais utilizada para enfeitar saladas. Entretanto, se for consumida em níveis prudentes, a Capuchinha pode contribuir para prevenir doenças graves da visão, como a degeneração macular e a catarata", explica a autora da dissertação.

O único fator que depõe atualmente contra a Capuchinha é que, a exemplo de outras flores comestíveis, ela é cara, pois está associada a pratos refinados. Disponível nas gôndolas de supermercados, seu preço não está a alcance de muitas famílias brasileiras. "Mas esse problema pode ser contornado. Essa flor é de fácil cultivo. Pode ser plantada no quintal, como parte da horta doméstica. Além disso, tem um sabor bom, parecido com o do agrião. Em uma viagem recente a Portugal, minha orientadora constatou que a Capuchinha é tão abundante que divide espaço com o mato", conta Patrícia.

A Capuchinha, conforme a pesquisadora, poderia substituir uma outra flor, de nome Marigold. Embora não seja comestível, esta última é utilizada na composição da ração do frango. A luteína presente na Marigold reforça a coloração amarela tanto da pele da ave quanto da gema do ovo.

Num outro capítulo de sua dissertação, Patrícia investigou os carotenóides presentes nos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, em saladas cruas. Foram analisados: alface lisa, alface crespa, agrião, almeirão, rúcula, cenoura, tomate e pimentão, sendo que este último não demonstrou ser tão rico nessas substâncias. As demais, porém, apresentam quantidades significativas dos compostos naturais, fato que recomenda a sua inclusão na dieta alimentar cotidiana dos brasileiros.

Para saber mais: www.unicamp.br


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