Por: Rose Aielo Blanco
Na medicina popular, a espinheira-santa é famosa no combate
à úlcera e outros problemas estomacais.
Conhecida pelos índios há muitos anos, a espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) ganhou esse nome justamente pela aparência de suas folhas, que apresentam espinhos nas margens e por ser um "santo remédio" para tratar vários problemas. Na medicina popular, a espinheira-santa é famosa no combate à úlcera e outros problemas estomacais. Ao que parece, a fama é merecida: na Universidade Estadual de Campinas (SP), farmacologistas analisaram a planta em ratos com úlcera e, segundo os pesquisadores, "nos que tomaram o seu extrato, o tamanho da lesão diminuiu muito rapidamente e, em comparação com os remédios convencionais, espinheira-santa provoca menos efeitos nocivos". A pesquisa prossegue, para determinar qual é o componente exato do vegetal responsável pelo efeito medicinal.
A espinheira-santa, além de indicada contra vários males do aparelho digestivo, era muito usada no passado pelos índios brasileiros com outra finalidade: eles usavam suas folhas no combate a tumores (esse uso pode ter gerado um dos seus nomes populares - erva-cancerosa)
A planta, pertencente à Família das Celastráceas, é originária do Brasil e pode ser encontrada na região que vai de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, sendo mais abundante nas matas do sul do Paraná. Também conhecida popularmente como espinho-de-deus, salva-vidas, sombra-de-touro, erva-cancerosa e espinheira-divina, a espinheira-santa é uma planta perene, de porte arbóreo-arbustivo, que atinge cerca de 2 a 3 metros de altura. Suas folhas são inteiriças e apresentam espinhos nas bordas, enquanto que as flores, axilares, apresentam coloração amarelo-esverdeada. A planta produz frutos pequenos e vermelhos.
A propagação da planta se dá por meio de sementes e o cultivo dá bons resultados em regiões de clima ameno.
Usos: As folhas, frescas ou secas, são utilizadas no preparo de infusões para uso interno e externo. O efeito cicatrizante também pode ser observado no tratamento de problemas da pele.
O chá de espinheira-santa é contra-indicado para gestantes e lactantes, pois reduz a produção de leite.
O uso medicinal mais comum da Espinheira Santa é para o tratamento de gastrites e úlceras gástricas e duodenais. A indicação popular do chá feito das folhas da Espinheira Santa foi comprovada cientificamente por vários pesquisadores (Carlini & Bráz, 1988; Faleiros et al., 1992; Ferreira et al., 1996; e Carvalho et al., 1997).
Cultivo
Altitude ideal: até aproximadamente 1200m.
Clima: Subtropical e temperado.
Solo: Prefere solos argilosos, porém bem drenados e com alto teor de matéria orgânica
Propagação: Por meio de sementes ou estacas de galho
Segundo o site www.biopirataria.org, muito antes do primeiro relato científico realizado em 1922, pelo professor Aluízio França, da Faculdade de Medicina do Paraná; a planta já era muito usada tradicionalmente pelas comunidades locais, como antiasmática, anticonceptiva e, sobretudo, em tumores estomacais, tratamento de úlceras, indigestão e gastrite crônica. Pesquisas têm demonstrado que o chá com extrato de Espinheira-Santa pode apresentar resultados tão eficientes quanto os dois principais líderes do mercado de drogas antiúlcera, Ranitidine (Zantac®) e Cimetidine (Tagamet®).
Nome científico: Martenus Llicifolia
Partes usadas: Folhas
Família: Celastrácea
Propriedades Químicas: Contém alcalóides triterpênicos, flavonóides, tanino, óleo essencial, resina, sais de ferro, enxofre, sódio, cálcio, mucilagem e açúcar.
Propriedades Terapêuticas: Flatulência, cicatrizante, gastrálgicas, analgésica, dispéptica, hipotônicas, antiulcerativas gástricas e duodenais.
Indicações: Combate os males do aparelho digestório. Combate as fermentações gastrointestinais e é cicatrizantes das afecções da pele, acne, eczema, herpes e úlceras. É analgésico nas gastralgias, acalma rapidamente as dores, não diminui a sensibilidade do órgão, mas estimula e corrige a função desviada. Tem ação tonificante por reintegrar as funções estomacais dos dispépticos, hipotônicos, além dos intestinos atônicos constipados, sendo ainda ligeiramente diurético. Combate a hiperacidez, normalizando as função das glândulas endócrinas.
Descrição
A Espinheira-Santa é uma árvore de pequeno porte, arbustiva, nativa da América do Sul. Atinge aproximadamente 1 a 2 metros e suas folhas que possuem pares de espinhos em sua margem, daí o nome popular. As flores são pequenas e têm um tom amarelo-esverdeado, enquanto seus frutos são pequenos e escuros quando maduros.
Indicações
A Espinheira-Santa é utilizada na medicina popular, através de infusão de suas folhas, para tratamento de úlceras e outros problemas estomacais como azia, má digestão e gastrite. Existem alguns relatos que descrevem a Espinheira-Santa sendo utilizada como método contraceptivo. Outro uso comum é para curar a ressaca alcóolica. Externamente, a Espinheira-Santa também é utilizada como agente cicatrizante, anti-séptico e tonificante.
Nome em inglês: não disponível
Gostaria de saber se qualquer pessoa pode tomar a espinheira e sem tem contra-indicação
ResponderEliminarObrigado
Ricardo
meu e-mail ric_roll@yahoo.com.br
ResponderEliminarGrato
Ricardo