Castanha de baru
Castanha de baru
Nomes populares
Castanha de baru, cumbaru, cumaru, castanha de burro, viagra do cerrado, coco barata, coco feijão.
Nome científico
Dipteryx alata Vog
Ocorrência
Ocorrre nas matas e cerrados do Brasil Central, envolvendo terras dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão e Distrito Federal.
Aspectos botânicos e ecológicos
Baruzeiro
Leguminosa arbórea da família Fabaceae.
Árvore de grande porte chegando a medir 25 metros de altura, podendo atingir 70 cm de diâmetro com vida útil em torno de 60 anos.
O baru está ameaçado de extinção em função da procura pela madeira e pelo nível de desmatamento do Cerrado.
Ocorre corte indiscriminado do baru para fabricação de carvão vegetal, instalação de cercas (moirões), indústria moveleira, construção civil, entre outros usos.
O baru é encontrado em terras férteis e seus ecossistemas de ocorrência têm sido massivamente desmatado em função do avanço da fronteira agropecuária sobre o Cerrado.
Crescimento rápido sendo importante para fixação de carbono da atmosfera.
Tem sua primeira frutificação com cerca de 6 anos, sendo este período bastante variado em função das condições de solo e água.
Possui safra intermitente com variações bruscas de intensidade de produção de frutos de um ano para o outro. Para efeitos práticos, relacionado a utilização comercial, produz uma safra boa a cada 2 anos.
Uma árvore adulta produz cerca de 150 kg de fruto por safra boa. Possui apenas uma semente por fruto, do qual pode se aproveitar a polpa, endocarpo e semente (amêndoa).
O tamanho do fruto varia muito de região por região, bem como em função das condições de solo, água e genética da planta. Em média o fruto pesa 25g, sendo 30% polpa, 65% endocarpo lenhoso e 5% semente.
A polpa do baru constitui importante fonte de alimento para a fauna nativa (pequenos mamíferos, roedores, pássaros, morcego, etc) e para o gado que se alimentam roendo a polpa da fruta na época da safra.
A época da floração e frutificação varia de acordo com a região, sendo que a colheita geralmente é feita após o pico de queda dos frutos maduros.
Aplicações do baru
- Alimentação humana
- Alimentação animal
- Medicina
- Indústria cosmética
- Artesanato
- Combustível
- Indústria madereira/moveleira
- Construção civil/rural
- Adubação natural (leguminosa)
- Moirão vivo
Produtos e subprodutos do baru e respectivos uso
Parte do fruto | Produto/sub-produto | Usos |
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Polpa | Polpa in natura | Alimentação animal Alimentação humana Medicinal/farmacêutico |
Polpa desidratada | Alimentação animal Alimentação humana Medicinal/farmacêutico | |
Farinha | Alimentação humana | |
Álcool/Cachaça | Consumo humano Medicinal/farmacêutico Cosmético Industrial | |
Resíduos | Agrícola (adubo orgânico) | |
Amêndoa | Amêndoa crua | Alimentação animal Alimentação humana Medicinal/farmacêutico Agrícola (produção mudas) |
Amêndoa torrada | Alimentação humana | |
Farinha | Alimentação humana | |
Leite | Alimentação humana | |
Óleo | Alimentação humana Medicinal/farmacêutico Cosmético Industrial | |
Torta | Alimentação humana Medicinal/farmacêutico Cosmético Industrial | |
Pasta/manteiga | Alimentação humana | |
Endocarpo lenhoso | Carvão | Combustível |
Ácido Pirolenhoso e alcatrão | Industrial | |
Endocarpo lenhoso | Artesanato |
Qualidade nutricional da amêndoa
Calorias 502 kcal/100g
Informações Nutricionais
Componente | g /100g |
---|---|
Proteína | 23,9 |
Gorduras totais | 38,2 |
Gorduras saturadas | 7,18 |
Gorduras insaturadas | 31,02 |
Fibras totais | 13,4 |
Carboidratos | 15,8 |
Tabela de Minerais
Minerais | mg/100g |
---|---|
Cálcio | 140 |
Potássio | 827 |
Fósforo | 358 |
Magnésio | 178 |
Cobre | 1,45 |
Ferro | 4,24 |
Manganês | 4,9 |
Zinco | 4,1 |
Referência
Takemoto, E. et al. Composição química da semente e do óleo de baru (Dipteryx alata Vog.) nativo do Município de Pirenópolis, Estado de Goiás. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 60(2):113-117, 2001.
Fonte: www.centraldocerrado.org.br
Árvore frutífera do Cerrado brasileiro, que possui uma castanha de excelente sabor e propriedades nutricionais. É rico em proteínas, fibras, magnésio, potássio e ferro, além de possuir alto valor energético.
O baru está fortemente ameaçado pelo desmatamento para plantio de grãos, implantação de pastagens e utilização de sua madeira.
O aproveitamento dos frutos contribui para a conservação da espécie e do Cerrado, além de melhorar a qualidade de vida das comunidades envolvidas na coleta e no beneficiamento.
Fonte: www.nordestecerrado.com.br
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Castanha de Baru
Grande parte da área central do Brasil é coberta pelo Cerrado, um bioma com vegetação típica, incluindo árvores e arbustos que são especialmente resistentes ao clima seco. No Brasil o Cerrado forma um bioma similar às savanas da Austrália e África, com flora ainda mais diversa e expressiva.
O baruzeiro (Dipteryx alata Vog) é uma planta leguminosa arbórea nativa do Cerrado. Seus frutos amadurecem entre Setembro e Outubro, e contém uma castanha com um sabor delicado e agradável, conhecida como Castanha de Baru.
Grandes áreas do cerrado estão sendo transformadas em fazendas com a introdução da monocultura da soja e cereais.
Além disso, como a madeira do baruzeiro é usada no setor de construções, sua sobrevivência está ameaçada devido à extração de madeira para comercialização.
Por essas razões, o baru está em risco de extinção, mesmo existindo leis relacionadas à proteção e preservação do meio ambiente que protegem as espécies nativas do Cerrado.
A castanha de baru, quando torrada, tem sabor semelhante ao amendoim ou castanha de caju. Tem valor nutricional alto, e contém cerca de 26% de proteínas. Pode ser consumido inteiro ou para o preparo de receitas de doces típicos, como o pé-de-moleque e paçoquinha, ambos com rapadura, leite condensado e castanhas torradas.
O baru pode ser conservado facilmente em temperatura ambiente, porque se a fruta for estocada adequadamente, as propriedades físico-químicas da castanha permanecerão as mesmas por cerca de três anos.
Não existe comercialização ou utilização da polpa da fruta do baru, apesar de suas propriedades organolépticas e nutricionais.
É possível extrair óleo de excelente qualidade da castanha de baru, para utilização como tempero ou como anti-reumático. Apesar de suas propriedades e qualidades, o óleo não é vendido intensivamente no mercado local.
O baruzeiro é também usado em projetos de reflorestamento, porque cresce rapidamente, com madeira muito resistente e de excelente qualidade.
Fonte: www.slowfoodbrasil.com
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Planta do cerrado, do barueiro aproveita-se o fruto, amêndoa (castanha), óleo e madeira de boa qualidade
Nome popular da fruta: Baru (cumbaru, barujo, coco-feijão e cumarurana)
Nome científico:Dypterix alata Vog.
Origem: Brasil (Cerrado)
Fruto
O barueiro produz de 500 a 3.000 frutos por planta, com tamanho variando de 5 a 7 cm de comprimento por 3 a 5 cm de diâmetro. A cor da casca, quando maduro, é amarronzada, assim como a polpa. O peso varia de 26 a 40 g.
Cada fruto possui uma semente (amêndoa) de cor marrom-claro ou marrom-escuro. O peso de 100 amêndoas atinge cerca de 150 g. A amêndoa é rica em calorias e proteínas. A polpa é rica em proteína, aromática, muito consumida pelo gado e animais silvestres.
Planta
O baru tem porte arbóreo, atingindo de 6 a 8 metros de altura por 6 a 8 metros de diâmetro de copa. A planta frutifica em um período muito curto do ano, nos meses de setembro e outubro. Ocorre nas formações de mata seca, cerradão ou cerrado. É exigente em fertilidade, ocorrendo em áreas de solos mais férteis.
Cultivo
O plantio de fruteiras do cerrado reduz a pressão da coleta extrativa e predatória dos frutos.
O barueiro pode ser utilizado na recomposição ambiental (recuperação de áreas desmatadas), em reflorestamento, para proteção de nascentes, margens de rios e lagos, no sombreamento de pastagens, etc.
Como não há disponibilidade de sementes selecionadas comerciais, o produtor deverá iniciar o plantio a partir da coleta de frutos no campo. As plantas fornecedoras (matrizes) deverão ser selecionadas criteriosamente, observando seu vigor, produtividade, qualidade dos frutos e ausência de pragas. Essas plantas devem ser identificadas e preservadas, para futuras coletas.
Extraída a polpa, as sementes são lavadas e postas para secar em local ventilado e seco. As sementes devem ser selecionadas, procurando-se uniformizar os lotes por tamanho, cor e forma, eliminando-se sementes deformadas, sem amêndoa ou com sintomas de ataque de pragas.
O viveiro de mudas deverá ser preparado para semeadura o mais breve possível após a coleta das sementes.
Essa área deve ser isolada e protegida da entrada de animais e pessoas que possam comprometer as mudas. Antes do plantio, as sementes do baru devem ser escarificadas (passadas em superfície áspera para promover sulcos em sua pele) e imersas em água por 24 horas.
As mudas de baru devem ser produzidas em sacos de polietileno colocando-se 1 ou 2 sementes por saco, enterradas a profundidade de 1 cm. A percentagem de germinação alcança 95% e o período de germinação é de 15 a 25 dias. O plantio das mudas no campo pode ser feito com espaçamento de 8 x 8 metros.
Para exploração comercial das plantas do cerrado, o produtor deve realizar previamente uma pesquisa de demanda no mercado, identificando potenciais compradores e sua real necessidade de produto. Pode realizar algum beneficiamento ou a industrialização, desde que identifique claramente canais de distribuição para seus produtos.
Usos
A polpa do baru é consumida fresca ou em forma de doces, geléias e licores, podendo ser utilizada para sorvetes. A amêndoa é consumida torrada ou em forma de doces e paçoca. O óleo, obtido por meio do processamento das amêndoas, é utilizado na alimentação humana de maneira variada. Sua madeira apresenta alta durabilidade e pode ser utilizada para confecção de mourões.
A castanha do baru possui grande riqueza energética, além de vitaminas, sais minerais e gordura vegetal. São ricas em fibras, potássio, proteína, lipídio, fósforo, magnésio, vitamina C e cálcio.
Pierre Vilela
Fonte: www.sebrae.com.br
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Castanha de Baru
O Barú é uma árvore da família das leguminosas, seu nome científico é Dipteryx alata. É uma planta adubadora do solo e fixadora de nitrogênio, tem desenvolvimento rápido e dependendo do solo pode começar a produzir frutos a partir de quatro anos e madeira de excelente qualidade. É também uma árvore melífera, ou seja, produz néctar nas flores e nas folhas nas primeiras brotações, excelente para as abelhas.
Do seu fruto, aproveita-se a castanha, a polpa, que é adocicada e a sua casca dura pode ser usada como carvão, combustível de caldeira ou para fogão. Na seca em que é a época da colheita do fruto o gado roe a polpa do fruto no pasto, suplementando a sua alimentação, mas não come a casca, onde se encontra a castanha.
A castanha torrada é muito energética e nutritiva. Saiba mais sobre o alimento que saiu do anonimato graças a um estudo da Universidade de Brasília (tabela nutricional comparativa abaixo).
O sabor lembra o do amendoim.
A nutricionista paulista Neide Rigo também enaltece o alimento. " O barú é ótima fonte de fibras", garante. Até agora as pesquisas brasilienses revelam que todas essas propriedades se encontram na amêndoa.
Qualidade nutricional da amêndoa
Informações nutricionais
Componente | g/100g |
Valor calórico | 502 kcal/100g |
Proteína | 23,9 |
Gorduras totais | 38,2 |
Gorduras saturadas | 7,18 |
Gorduras insaturadas | 31,02 |
Fibras totais | 13,4 |
Carboidratos | 15,8 |
Tabela de minerais
Minerais | mg/100g |
Cálcio | 140 |
Potássio | 827 |
Fósforo | 358 |
Magnésio | 178 |
Cobre | 1,45 |
Ferro | 4,24 |
Manganês | 4,9 |
Zinco | 4,1 |
Fonte: www.lageado.com.br
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