Nome comum
Freixo
Nome científico
Fraxinus angustifolia
Distribuição
Todo o país.
Descrição geral
Árvore caducifólia até 25 m, de ritodoma conzento e fendido. 5-13 folíolos com 30-100 mm de comprimento x 8-30 mm de largura. Folíolos com tantos dentes quantas as nervuras secundárias. As flores não têm cálice nem corola, sendo pouco vistosas e verdes, e dispõem-se em cachos pendentes, que surgem antes do aparecimento das folhas. Os frutos são sâmaras – pequenas sementes envolvidas por uma pele semelhante a uma folha em forma de asa que favorece o arrastamento pelo vento. Floração: Fevereiro-Março.
Habitat
Margens de cursos de água, planícies aluviais e carvalhais.
A madeira de freixo é de muito boa qualidade por ser elástica e dura; sendo usada em mobiliário, utensílios de madeira, escadas, etc. As suas folhas por vezes são, e foram, usadas como alimento para o gado. Popularmente, as folhas e as sementes são usadas para curar a gota e reumatismo, e a casca para combater a febre e auxiliar a cicatrização de feridas.
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Freixo
O freixo cultivado pertence, como a oliveira, o lilás, o jasmineiro, o alfenheiro e o aderno, à família das Oleáceas, que é constituída por mais 400 espécies. É uma bela árvore dos climas europeus, devido ao seu tronco esbelto, à sua casca branda e acinzentada, aos seus ramos frágeis e à sua folhagem graciosa. As folhas são características, isto é, dividem-se num numero ímpar de folíolos não peciolados, e surgem tardiamente, no mês de Junho, muito depois das flores. É necessário colhê-las jovens, ainda recobertas pelo revestimento ligeiramente aderente e açucarado, e retirar o pecíolo antes de as secar; com as folhas prepara-se um chá considerado uma verdadeira bebida de rejuvenescimento. A casca e as sementes do freixo são adstringentes e febrífugas. Outrora, atribuía-se à sua madeira, aplicada sobre as mordeduras de serpente, o poder de evitar o envenenamento. Esta madeira flexível e resistente serviu durante muito tempo de matéria-prima para o fabrico de esquis; actualmente, é ainda muito utilizada em trabalhos de marcenaria.
Família: Oleáceas.
Componentes: heterósidos, açúcares, resina, ácido málico, vitaminas C e P, tanino, sais minerais e pigmentos.
Propriedades: adstringente, diurético, laxativo, sudorífico, tónico.
Uso Tradicional: celulite, colesterol, dor, envelhecimento, gota, hálito, litíase, nevralgia, reumatismo, ureia.
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O freixo, fresno em castelhano, ash em inglês, frêne em francês, frassino em italiano, Esche em alemão, melía em grego, é uma árvore do gênero Fraxinus, da família das Oleáceas, à qual também pertence a oliveira. Nos EUA, também se chama ash a árvores dos gêneros Zanthoxylum e Sorbus.
É uma árvore de solos frescos e profundos, de porte médio, que pode atingir 25 a 40 metros de altura e viver até 250 anos. A casca tem sulcos profundos, verticais e é castanha-escura acinzentada. As folhas são verdes. As flores, que não têm cálice nem corola, são em cachos, pendentes, e surgem antes do aparecimento das folhas.
A espécie Fraxinus excelsior é encontrado em latitudes temperadas da Europa, das Ilhas Britânicas à Rússia, em altitudes de até 1.500 metros, exceto no centro-sul da Península Ibérica e no extremo sul da Grécia e Itália. Outras espécies são encontradas na região mediterrânea da Europa, Ásia Menor e norte da África, inclusive Fraxinus angustifolia (o mais comum na Península Ibérica e África do Norte) e Fraxinus ornus (o mais comum na Grécia). Outras espécies são encontradas na América do Norte e nas regiões temperadas da Ásia.
Historia e usos
Tanto em grego quanto em inglês antigo, "freixo" e "lança" são designados pela mesma palavra.
As folhas podem ser utilizadas em forma de chá, com muito bom gosto ao paladar e que é usado como diurético, contra a gota e o reumatismo e no combate a obstipação e o colesterol. Da casca, diz-se que combate a febre e auxilia a cicatrização de feridas. As folhas são também usadas como forragem para o gado, principalmente na África do Norte.
Muitas espécies de freixos segregam uma seiva açucarada que os gregos chamavam de méli, "mel", assim como ao mel de abelhas. Ambos os tipos de mel eram considerados pelos gregos como manifestação da ambrosia dos deuses, caída dos céus. A espécie de freixo mais comum nas montanhas da Grécia, Fraxinus ornus, é conhecida em inglês como manna-ash, "freixo do maná". Possivelmente, a fermentação desse "mel" com água foi usada pelos nórdicos para produzir uma variedade de hidromel, o "hidromel da inspiração".
O freixo americano (Fraxinus pennsylvanica) é muito usado na arborização de ruas nos Estados Unidos. O córtice interior do também norte-americano freixo azul (Fraxinus quadrangulata) tem sido usado como fonte de um corante azul. Os córtices das espécies chinesas Fraxinus rhynchophylla (Ku li bai la shu), Fraxinus chinensis (Bai la shu), Fraxinus szaboana (Jian ye bai la shu) e Fraxinus stylosa (su zhu bai la shu) são usadas na medicina tradicional chinesa para diarréia, disenteria e corrimentos vaginais. São também usados para olhos vermelhos, inchados ou doloridos. A dosagem usual é 6-12 gramas.
Mitos e Simbolismo
Acreditava-se que o freixo põe em fuga as serpentes. Exerceria sobre elas uma espécie de poder mágico, de tal modo que se uma serpente tiver de escolher entre passar pelos ramos de um freixo ou pelo fogo de uma fogueira, escolhe a fogueira. Plínio e Dioscórides aludem a essas particularidades, acrescentando que "uma infusão de freixo misturada ao vinho tem grande eficácia como contraveneno". Em razão disso, na heráldica medieval o freixo era usado como símbolo de amizade fiel, visto expulsar as "serpentes" e, por extensão as traições, sortilégios e malefícios. Acreditava-se também que um círculo de cinzas de freixo mantinha as serpentes afastadas.
Diz-se também que o freixo atrai as cantáridas, coleópteros que, feitos em pó, eram usados como afrodisíacos. Em razão disso, às vezes também se atribuia aos freixos essa característica.
Segundo uma superstição da França, pode-se curar uma criança raquítica ou com hérnia fazendo-a passar três vezes, antes do sol nascer, através de um freixo rachado ao comprido. Em Cheshire, Inglaterra, acredita-se que o freixo cura raquitismo e verrugas.
Depois da fome causada pela praga da batata na Irlanda, de 1846 à 1851, os emigrantes que partiam de navio para a América procuravam levar, como talismã contra o afogamento, um raminho freixo sagrado de Creevno. Por outro lado, os irlandeses também acreditavam que a sombra do freixo prejudicava as plantações.
Mitologia grega
Entre os gregos, ao tempo de Hesíodo, o freixo era um símbolo de firme solidez. No famoso mitodas raças, foi o freixo que engendrou "a raça de bronze, muito diferente da raça de prata, terrível e poderosa". O freixo, de cuja madeira se faziam as hastes das lanças, designa também a própria lança. As ninfas dos freixos, as melíades, tinham características próprias e pertenciam a uma categoria bem distinta das demais ninfas das árvores, as dríades e hamadríades.
Mitologia nórdica
Nas tradições escandinavas, o primeiro homem, Ask, foi feito de um freixo, assim como a primeira mulher, Embla, foi feita de um olmo. O freixo é símbolo de imortalidade e de relacionamento entre os três níveis do universo. Um poema escandinavo o descreve assim:
- Essa árvore sabiamente construída que mergulha suas raízes nas profundezas da terra...
- Eu sei que existe um freixo que se chama Yggdrasil
- O cimo da árvore se banha no alvacento vapor d'água
- De que provém as gotas de orvalho que vão cair no vale
- Ele se ergue, eternamente verde, acima da fonte de Urd.
É o gigante, deus da fecundidade:
- Yggdrasil estremece,
- O freixo ereto,
- Geme o velho tronco,
- E o gigante se liberta;
- Todos remem
- nos caminhos do inferno...
Para os povos germânicos, o freixo Yggdrasil é a árvore do mundo. O universo se desenvolve à sombra da sua galhada, inumeráveis são os animais que nela habitam, e todos os seres derivam dela. Está sempre verdejate, pois tira sua força, sempre viva e renascente, da fonte de Urd ("Destino"). O freixo vive dessa água e faz viver o universo. A fonte é guardada por uma das Nornas, que são as donas do destino.
O freixo enterra suas três principais raízes, uma na fonte de Urd; outra no país dos gelos, Niflheim, para alcançar a fonte Hvergelmir, origem das águas que correm em todos os rios do mundo; a terceira no país dos Jötnar (Gigantes), onde canta a fonte da sabedoria, Mimir. Os deuses germânicos se congregam aos pés de Yggdrasil, como os deuses gregos no cimo do Olimpo, para distribuir justiça. Por ocasião dos grandes cataclismos cósmicos, em que un universo se aniquila e cede lugar a outro, Yggdrasil permanece imóvel, de pé, invencível. Nem as chamas, nem os gelos, nem as trevas o abalam. Serve de refúgio aos que tendo escapado aos desastres, vão repovoar a Terra. É o símbolo da perenidade da vida, que nada pode destruir.
Folclore báltico
Nas repúblicas bálticas, "freixo" se diz do homem néscio ou abobalhado, porque a árvore é considerada cega. Não sabe quando chega a primavera e fica desnuda por mais tempo do que as demais. Depois, no outono, temeroso de parecer outra vez ridículo, o freixo livra-se de todas as suas folhas de um só golpe e antes de todas as outras árvores.
Folclore islâmico
Na Grande Cabília, o freixo (taslent) é símbolo da fecundidade. É a árvore da mulher por excelência, que ela tem e escalar para cortar as folhas necessárias à alimentação dos bois e das vacas. É do freixo que se supendem certos amuletos, especialmente aqueles que fazem bater o coração dos homens.
Primeira árvore da criação, é, no entanto, apenas a segunda por sua utilidade. Vem depois da oliveira. Mas esse freixo forrageiro não é de todo tranqüilizador. Como tudo que encerra poderes mágicos, infunde temor. Se um homem planta um freixo, perderá um parente do sexo masculino, ou sua mulher dará à luz natimortos. Tudo o que é fecundidade e vida é, também por via de compensação, um risco, o de perda da vida e da fecundidade.
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