- Nome Científico: Mikania sp
- Nome Popular: Guaco, guaco-de-casa, uaco, cipó-catinga, cipó-caatinga, cipó-sucuriju, coração-de-jesus, erva-de-cobra, erva-cobre, guaco-liso, guaco-de-cheiro, guaco-trepador, guaco-verdadeiro, guape, mikania
- Família: Asteraceae
- Divisão: Angiospermae
- Origem: América do Sul
- Ciclo de Vida: Perene
O guaco é uma antiga conhecida dos índios sul-americanos, devido às suas maravilhosas propriedades medicinais. Esta trepadeira volúvel, de textura semi-lenhosa pode atingir 3 m de altura se tiver suporte adequado. Ela apresenta folhas grandes, oblongo-lanceoladas, coriáceas, opostas, simples, brilhantes e de coloração verde intensa. As inflorescênias surgem apenas se a planta recebeluz direta do sol durante boa parte do dia; elas são do tipo capítulo, com flores hermafroditas de papus branco e corola tubulosa, de cor branco-creme. Os frutos são do tipo aquênio.
O guaco é uma trepadeira de crescimento rápido a moderado que pode ser utilizada para cobrir cercas, treliças, grades, entre outros suportes de pequeno e médio porte. Apesar de volúvel, o tutoramento e o amarrio ajudam a planta a subir e se fixar. Também pode ser cultivada em vasos, desde que tenha o suporte adequando. É interessante seu plantio em jardins de ervas e medicinais, devido às suas conhecidas propriedades.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, leve e enriquecido com matéria orgânica, regado a intervalos regulares. Rústica, não exige maiores manutenções, apenas podas periódicas para controlar o crescimento. Aprecia o frio subtropical ou mediterrâneo. Multiplica-se por sementes ou estacas semilenhosas.
Medicinal
- Indicações: Afecções respiratórias em geral, tosses, asma, bronquite, gripes, resfriados, alergias, afecções de pele, câncer, reumatismo.
- Propriedades: Expectorante, anti-tussígena, broncodilatador, antiinflamatória, antimicrobiana, emoliente, calmante, anticancerígena, cicatrizante, anti-reumático.
- Partes usadas: Folhas e flores.
Descrição
O nome popular Guaco é utilizado para se referir a várias espécies de plantas do gênero Mikania. No Brasil, predomina a espécie M. laevigata e M. guaco. Trata-se de uma planta do tipo trepadeira nativa da América do Sul que pode atingir 2 a 3 metros de altura. Possui folhas verdes, largas, em formato de coração que quando amassadas, exalam um odor que lembra a abóbora. Suas flores, pequenas, também possuem um agradável odor de baunilha, mais intenso após a chuva.
Indicações
Índios nativos da região amazônica, há muito tempo usam folhas de guaco trituradas ou chá de suas folhas como tratamento para picadas de cobras. Estudos também comprovam a eficácia do Guaco no tratamento de bronquites, tosses, como expectorante e outras afecções respiratórias. Outros estudos recentes indicam que o Guaco pode ser eficaz também para úlcera, tendo efeito mais positivo que a Espinheira-Santa.
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Nome científico: Mikania glomerata Spreng.
Propriedades terapêuticas: Broncodilatador, antisséptico, expectorante, antiasmático, febrífugo, sudorífico, anti-reumático, cicatrizante.
Indicações terapêuticas: Prevenção e tratamento do asma (atua como dilatador dos brônquios, desobstruindo as vias respiratórias), contra picada de cobra e inseto,
Indicações:
Estados gripais, febres, catarro bronquial e antiséptico das vias respiratórias. Modo de preparo: em 1 xícara (chá), coloque 1 colher (sopa) de folha fresca picada e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá), 2 vezes ao dia.
Preparo e dosagem:
Infusão - 2 xíc. de cafezinho de folhas frescas em 1/2 litro de água 1 xíc. de chá 4 vezes ao dia (reumatismo e problemas das vias respiratórias).
Xarope - fazer a decocção com 15-20 folhas de guaco em 100 ml de água, adicionar folhas de poejo ou assa-peixe e gengibre ralado (1 colher de chá), cobrir e deixar esfriar, juntar 150 a 200 g de açúcar ou rapadura e dissolver. Tomar 1 a 2 colheres de sopa 2 a 3 vezes ao dia, para crianças fornecer a metade da dose (crises de tosse).
Outros usos: é utilizada contra picada de cobras e insetos.
Toxicologia: pode causar vômitos e diarréia quando usado em excesso.
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Conta-se no Peru que quando certas aves são picadas por cobra, alimentam-se das folhas de guaco para contrabalançar a ação do veneno. Não por acaso, no Brasil, um dos nomes populares da planta é erva-das-serpentes. É sempre importante reiterar porém que a sua apregoada ação anti-ofídica ainda não foi suficientemente estudada. Pio Corrêa, no clássico Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, cita outros usos tradicionais no tratamento de histeria e cólicas menstruais. Mas é na propriedade expectorante das suas folhas que reside a característica verdadeiramente consagradora, razão de ser de diversos estudos e principal responsável pela sua ampla disseminação. Inúmeros xaropes receitados pela medicina convencional são feitos à base da erva, cuja prescrição é bastante difundida em postos de saúde, constituindo-se num dos fitoterápicos mais usados no país.
Porém, nem todas as suas propriedades foram investigadas. Em testes realizados no CPQBA - Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas, SP, por exemplo, os extratos da planta têm se mostrado eficientes no tratamento de úlceras em ratos. Um de seus componentes apresentou também atividade anti-tumoral. Mas é importante salientar o caráter experimental desses testes de laboratório.
E, principalmente, não omitir seus efeitos colaterais. Eles existem e são sérios. Antes que se pense no guaco como uma nova panacéia curativa para o câncer, é bom saber: o mesmo composto que destruiu as células tumorosas pode ter originado mutações em células normais.
Até 15 anos atrás, as folhas de guaco utilizadas nos medicamentos vinham direto da Mata Atlântica. A planta é muito comum nas beiradas das florestas da Serra do Mar. Hoje em dia, já há plantações.
O guaco é um arbusto lenhoso que precisa fazer uma verdadeira ginástica de contorcionista de circo para exercer sua vocação de planta trepadeira.
Como não possui gavinhas, sobe em espiral, enrolando seu caule em suportes que encontra pela frente. A inflorescência em tom creme é singela e tem reduzido efeito ornamental. Mas seu perfume intenso é inconfundível e pode ser identificado a distância, especialmente após um dia de chuva. A planta é altamente melífera. Durante a floração na primavera, credencia-se como um dos pontos de encontro preferidos das abelhas. Quando amassada, sua folha em forma de lança libera um aroma que lembra um pouco o da baunilha.
O guaco brasileiro habita as bordas da Mata Atlântica litorânea. Nas encostas da Serra do Mar, viceja em altitudes de até 800 metros. Áreas semi-sombreadas são as suas preferidas, mas ele cresce a sol pleno também, embora apresente excesso de inflorescências nesse caso. O mesmo ocorre em relação aos solos. Os argilosos e argilo-arenosos são mais indicados, mas a planta se adapta razoavelmente bem em outros tipos de terreno. Flexível até na sede, exige pouca água até os seis meses.
Está provado que o chá de guaco age dilatando os brônquios, mas os mecanismos dessa ação, como o efeito se desencadeia pelo metabolismo humano, ainda não foram totalmente decifrados. O que se sabe com segurança é que o chá deve ser feito com folhas frescas, já que elas perdem as propriedades químicas rapidamente. É possível que o princípio ativo da ação expectorante seja responsável também pela redução da acidez no estômago de ratos de laboratório, diminuindo assim as lesões ulcerosas. Outra qualidade pouco conhecida dessa trepadeira foi detectada na Faculdade de Odontologia da Unicamp.
Os testes avaliaram a ação antiplaca de 20 extratos de plantas diferentes.
O do guaco foi o que apresentou os melhores resultados. Há uma precaução no entanto com o seu uso por hemofílicos. Um dos compostos da planta pode alterar a coagulação do sangue, causando hemorragias. Mesmo para quem não sofre do mal, recomenda-se evitar o seu uso prolongado. Outro motivo para cautela: doses altas podem causar vômitos e diarréia.
O herborista Máximo Ghirello, de Campinas, que incorpora fundamentos da medicina chinesa ao seu trabalho, indica um tratamento preventivo com chá. Tomado no outono, segundo Ghirello, ele tonifica e ativa os pulmões, preparando-os para o período de inverno, quando são mais requisitados e se tornam mais vulneráveis. A recomendação é tomar o chá três vezes ao dia, durante dez dias. A colheita das folhas deve ser feita com tesouras de poda, retirando-se ramos secundários e preservando-se o tronco principal. A operação pode ser realizada duas vezes por ano: em meados da primavera e no início do outono.
Um outro estudo científico da Unicamp descobre propriedades no Guaco que vão além do seu uso como matéria prima para chás e xaropes expectorante.
O Guaco, um tipo de cipó-trepadeira encontrado na Mata Atlântica usado há muitos anos na medicina popular para resolver problemas respiratórios, acabou de ter sua capacidade de cura testada e comprovada por pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O estudo, feito pelo Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da universidade, constatou o efeito da erva no combate ao câncer, úlcera, infecção por microorganismos, além da prevenção da cárie.
As experiências in vitro do Guaco contra a placa dental bacteriana e desenvolvimento da cárie duraram dezoitos meses. A ação terapêutica foi eficiente no combate ao estreptococos do grupo mutans, responsáveis pela placa. Os resultados demonstraram que o efeito foi conseguido com pouca quantidade de erva o que significaria o desenvolvimento de um medicamento mais barato. Já os efeitos contra a úlcera começaram a ser descobertos em 1998, da parceria entre Vera Lúcia Garcia, coordenadora das pesquisas, e João Ernesto de Carvalho, coordenador de Farmacologia e toxicologia do CPQBA da Unicamp.
Os testes feitos em ratos demonstraram que uma das substâncias presentes no Guaco, a cumarina, e outros extratos da erva inibem a secreção de ácido pelo estômago. Essa diminuição ocorre com o bloqueio dos receptores do neurotransmissor acetilcolina.
"Uma das descobertas aponta que o guaco é muito mais eficiente no combate à úlcera gástrica do que inúmeras outras plantas utilizadas regularmente na composição de medicamentos para a doença", conta Vera. Isso porque os extratos e a cumarina presentes na planta bloqueiam os receptores do neurotransmissor acetilcolina, diminuindo a secreção de ácido produzida pelo estômago. O mecanismo de ação é semelhante ao que ocorre no sistema respiratório - o bloqueio aos mesmos receptores provoca a broncodilatação e a diminuição da secreção brônquica. Neste caso, a espécie utilizada é a Mikania laevigata.
"Existem dois tipos de guacos que, apesar de serem fisicamente muito parecidos, possuem composições químicas bastante diferentes", explica a pesquisadora. No caso de uma droga contra a úlcera, a pesquisadora diz que o caminho pode ser mais curto, uma vez que os testes em animais já foram concluídos. "Faltam apenas os experimentos em seres humanos. Para isso, estamos buscando parcerias com indústrias que tenham interesse em colocar o produto no mercado."
No sistema respiratório também ocorre o bloqueio desses receptores possibilitando uma broncodilatação e a diminuição da secreção brônquica- isso já descoberto pela medicina popular e agora provado cientificamente. Além da cumarina, estão sendo testados outros princípios ativos do Guaco, como os ácidos diterpêndicos.
Os pesquisadores usaram a técnica in vitro para colocar o extrato da erva em contato com 5 tipos de linhagens tumorais (mama, mama resistente aos medicamentos tradicionais, melanona, leucemia e pulmão). Os resultados foram muito positivos com o melanona (mais comum tipo de câncer de pele): 78% das células cancerígenas foram eliminadas. Nos demais tipos de tumores o índice ficou entre 40% e 50%. "Cada tipo de câncer é uma doença com etiologia, tratamento e evolução diferente, é muito difícil descobrir uma droga eficaz em todos os tratamentos", afirma Carvalho. Outra etapa está em andamento, na qual será testada uma medicação contra o câncer de próstata, ovário, rim e cólon.
Ainda não se sabe se o Guaco pode ter algum efeito tóxico com a células saudáveis. Folhas de Guaco foram amplamente coletadas na Mata Atlântica para uso de medicamentos fitoterápicos. Atualmente, há cultivos comerciais, principalmente no Paraná. A própria pesquisa da Unicamp começou pela parte agrícola, focalizando o desenvolvimento de um sistema de cultivo que evitasse o extrativismo predatório.
O médico medieval Fracastoro em sua obra "Sifílide ou morbo gálico" publicada em 1530 enaltece os efeitos do guaco, descoberto poucas dpecadas atrás na América e considerada como miraculoso na cura da sífilis. A descoberta do uso dessa planta como medicamento é atribuída pelo autor a um dos deuses. Na sua descrição poética aparece a figura do jovem pastro Sífilo, de quem a moléstia tomou o nome numa invenção do próprio Fracastoro. Sífilo contraíra o terrível mal como castigo por ter blasfemado contra o Sol. Arrependido ele suplicava perdão aos deuses, até que Diana se comoveu e prometeu fazer com que ele encontrasse o remédio depois de acompanhá-la em uma viagem ao país dos mortos.
Na volta a deusa lhe entrega um ramo de guaco.
Fonte: http://epoca.globo.com/semanal/_materias/saudea.htm
http://globorural.globo.com/barra.asp?d=/edic/181/fichaplanta1.htm
http://galileu.globo.com/nd/nd_ler.asp?imat=1443
acesso em maio de 2002
Medicina e Saúde, História da Medicina, vol, 1, Ed. Abril, 1969
http://200.177.98.79/jcemail/Detalhe.jsp?id=3520&JCemail=2077&JCdata=2002-07-17
acesso em julho de 2002 envie seus comentários para abrantes@inpi.gov.br.
Fonte: www.redetec.org.br
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Quem nunca ouviu falar que um bom xarope de guaco é tiro-e-queda contra tosse, asma ou bronquite?
No inverno, quando aumenta incrivelmente a incidência de problemas do aparelho respiratório, por conta das gripes e resfriados, o guaco volta a figurar nas receitas caseiras. Embora isso tudo pareça mais uma “receita de comadres”, a verdade é que a ciência já comprovou as propriedades medicinais desta planta e atestou seu efeito broncodilatador e expectorante.
A planta também conhecida como erva-de-serpentes, cipó-catinga ou erva-de-cobra, pertence à família das Compostas. O guaco (Mikania glomerata) é originário do Brasil e sempre foi muito conhecido pelos índios brasileiros, que usavam a planta para combater o veneno das serpentes (daí vêm alguns dos seus nomes populares). Ainda hoje, em algumas regiões do Brasil, o macerado das folhas é aplicado em forma de cataplasma sobre picadas de cobras e outros animais peçonhentos. Existe também a tradição de usar a planta fresca e nova (cujas folhas emanam um aroma intenso e agradável) para manter as cobras afastadas.
Cultivo
O guaco é uma planta que se desenvolve bem em locais com clima ameno, como os da região Sul e boa parte do Sudeste. Trata-se de um arbusto lenhoso e cheio de ramos, que cresce como uma trepadeira, embora não tenha garras para se prender e precise de suporte como apoio. As folhas apresentam um tom verde brilhante e são levemente escuras na face superior e mais claras no verso. A floração, de cor branca ou amarelada, surge na forma de pequenos capítulos.
É importante lembrar que o guaco só floresce quando cultivado em locais onde possa receber luz solar direta.
Para o plantio, recomenda-se solo arenoso e rico em matéria orgânica. O plantio se faz por estacas de caule que apresentem pelo menos dois nós. Após o enraizamento, a muda deve ser transplantada para um local que lhe sirva de suporte. No caso de optar-se pelo plantio em vasos ou jardineiras, é necessário providenciar um apoio.
Por ser uma planta relativamente rústica, o guaco não exige muitos cuidados. Para garantir um crescimento robusto, é recomendável, por ocasião do plantio, incorporar ao solo uma adubação com húmus de minhoca. Nos períodos de seca é importante estar atento para manter a terra úmida, irrigando sempre que necessário, mas evitando encharcamentos.
Tanto as folhas como as flores podem ser usados com finalidades medicinais. A colheita se dá normalmente seis meses após o plantio, quando é possível colher as primeiras folhas.
Usos e receitas
O uso do guaco como planta medicinal é muito antigo. Em 1870, chegou a ser criado um produto preparado com hastes e folhas da planta - era o Opodeldo de Guaco que durante décadas foi considerado um “santo remédio” contra bronquite, tosse e reumatismo.
Cientificamente já está provado que o guaco apresenta propriedades medicinais expectorantes e broncodilatadoras, sendo indicado no combate à tosse, asma, bronquite, rouquidão e outros sintomas associados à gripes e resfriados. Popularmente, o guaco continua sendo usado para tratar reumatismo, infecções intestinais e cicatrizar ferimentos.
A planta não apresenta princípios tóxicos, entretanto, deve ser usada com cautela, evitando-se todo tipo de excesso. Para o uso em crianças, é recomendável sempre a metade da dose indicada para os adultos.
Fonte: www.jardimdeflores.com.br
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Originário das Américas Central e do Sul, o guaco, Mikania glomerata Spreng. e Mikania laevigata Spreng. (ASTERACEAE) são espécies integrantes do p r o j e t o " Pr o d u ç ã o , p r o c e s s ame n t o e comer c ial i zação de er vas medi c inai s , condimentares e aromáticas", coordenado pela Embrapa Transferência de Tecnologia - Escritório de Negócios de Campinas (SP), a qual está sendo cul t ivada e mul t ipl icada nas unidades demonstrativas da Embrapa Pantanal (Corumbá, MS), Embrapa Semi-Árido (Petrolina, PE) e nos Escritórios de Negócios de Dourados (MS), Canoinhas (SC) e Petrolina (PE). Esse projeto contempla também o treinamento de técnicos e a qualificação de pequenos agricultores e seus familiares na produção e manipulação de ervas, fundamentadas em boas práticas agrícolas.
DESCRIÇÃO BOTÂNICA
Subarbusto com ramos trepadores que se fixam em torno de um suporte, lenhosos, cilíndricos, estriados, castanhos e sem pêlos; folhas pecioladas, opostas, providas de contorno oval, com três recortes pouco profundos e arredondados, ápice acuminado e base arredondada; flores organizadas em inflorescência brancas com capítulos sésseis, reunidos em glomérulos globosos ou oblongos; fruto simples, seco, piloso ou levemente glabro com uma semente.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Compostos sesquiterpênicos, diterpênicos, estigmasterol, flavonóides, cumarinas, resina, tanino, saponina e guacosídeo.
FORMAS DE PROPAGAÇÃO
Sementes ou mudas produzidas a partir de estacas retiradas do caule.
CULTIVO
Espaçamento de 1 x 2 metros entre plantas, em espaldeira para tutoramento dos ramos. O plantio deve ser realizado preferencialmente em solos arenosos ricos em matéria orgânica e áreas sujeitas à inundação. Recomenda-se adubação com esterco de gado bem curtido, de aves ou composto orgânico, quando necessário.
COLHEITA E BENEFICIAMENTO
Os ramos e folhas devem ser colhidos antes da floração e serem submetidos à secagem em secador. O peso dos ramos não deve exceder o das folhas.
REQUISITOS BÁSICOS PARA UMA PRODUÇÃO DE SUCESSO
Utilizar sementes e material propagativo de boa qualidade e de origem conhecida: com identidade botânica (nome científico) e bom estado fitossanitário
O plantio deve ser realizado em solos livres de contaminações (metais pesados, resíduos químicos e coliformes)
Focar a produção em plantas adaptadas ao clima e solo da região
É importante dimensionar a área de produção segundo a mão-de-obra disponível, uma vez que a atividade requer um trabalho intenso
O cultivo deve ser preferencialmente orgânico: sem aplicação de agrotóxicos, com rotação de culturas, diversificação de espécies, adubação orgânica e verde, controle natural de pragas e doenças
A água de irrigação deve ser limpa e de boa qualidade
A qualidade do produto é dependente dos teores das substâncias de interesse, sendo fundamentais os cuidados no manejo e colheita das plantas, assim como no beneficiamento e armazenamento da matéria prima
Além dos equipamentos de cultivo usuais, é necessária uma unidade de secagem e armazenamento adequada para o tipo de produção
O mercado é bastante específico, sendo importante a integração entre produtor e comprador, evitando um número excessivo de intermediários, além da comercialização conjunta de vários agricultores, por meio de cooperativas ou grupos
REFERÊNCIAS
CORRÊA JÚNIOR, C.; MING, L. C.; SCHEFFER, M. C. Cultivo de plantas medicinais, condimentares e aromáticas. 2 ed. Jaboticabal, SP: FUNEP,1994, 162p: il.
FERRI, M. G.; MENEZES, N. L. de; MONTEIRO-SCANAVACCA, W. R. Glossário Ilustrado de Botânica. 1 ed. São Paulo, SP: NOBEL, 1981, 197p, il.
LOW, T.; RODD, T.; BERESFORD, R. Segredos e virtudes das plantas medicinais: um guia com centenas de plantas nativas e exóticas e seus poderes curativos. Reader´s Digest Livros. Rio de janeiro, RJ. 1994, 416p. il.
PANIZZA, S. Plantas que curam. 28 ed. São Paulo, SP: IBRASA,1997, 279p. il.
SARTÓRIO, M. L.; TRINDADE, C.; RESENDE, P.; MACHADO, J. R. Cultivo de plantas medicinais. Viçosa, MG: Aprenda Fácil, 2000, 260p: il.
Fonte: www.campinas.snt.embrapa.br
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~me científico: Mikania guaco, Mikania amara.
Família: Compostas.
Outros nomes: Uago, erva-de-cobra, cipó catinga (Norte).
Descrição
Planta trepadeira. Caule delgado e cilíndrico. Folhas oposta, simples, ovais, acuminadas. Inflorescência em pequeno capítulos longipedunculados. Flores brancas. Os ramos e folhas frescas são assaz aromáticos.
Uso medicinal
Emprega-se ,em infusão, nos casos de albuminúario, febre, gotas, reumatismo, sífilis. Os sertanejos empregam esta planta contra picadas de cobras e de inseto venenosos, usando uma folha para uma xícara de água.
Parte usada
Folhas.
Dose
10 gramas para 1 litro de água; uma xícara por dia, aos goles.
Fonte: www.unisanta.br
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Nome Científico
Mikania glomerata S.
Nomes Populares
Guaco - liso, guaco – de – cheiro, erva – das – serpentes, cipó – catinga, uaco, erva –de – cobra, cipó – sucuriju, erva – de – sapo, coração – de – Jesus, erva – cobre, guaco – trepador.
Família
Asteraceae.
Aspectos Agronômicos
Reproduz-se por semente ou pelo plantio de estacas do caule, de preferência em terrenos arenosos e úmidos, áreas sujeitas a inundações e beiras de rio. Pedaços de ramos colocados em água produzem raízes em poucos dias. Nasce também nos matos e nos cerrados, adaptando-se bem ao cultivo doméstico. O sombreamento durante a produção de mudas é importante.
As folhas podem ser coletadas em qualquer época do ano, dando-se preferência ao período antes da floração, quando a planta apresenta maior teor de princípios ativos.
Parte usada: Folhas
Constituintes Químicos
- óleo essencial: contém de sesquiterpenos
- taninos.
- saponinas
- resinas
- substâncias amargas: guacina.
- cumarinas
- guacosídeo
Origem: América do Sul, vegetando principalmente na Argentina, Paraguai, Uruguai e no Brasil, especialmente no Sul e Sudeste.
Aspectos Históricos
Recebe também o nome de erva – das – serpentes, pois em regiões infestadas por ofídios venenosos o guaco costuma ser preparado como contra - veneno.
As folhas secas, o extrato alcoólico ou decocto, apresentam forte cheiro balsâmico.
Usos Fitoterápico
- Afecções do aparelho respiratório: tosses rebeldes, bronquite, asma, rouquidão.
- Gota, reumatismo, nevralgias, contusões, artritismo.
- Estados febris.
- Inflamações na garganta, inflamações intestinais.
- Ferimentos, picadas de cobra.
- Pruridos, eczemas.
- Albuminúria ( excesso de albumina no organismo ).
- Sífilis.
- Hemiplegia ( paralisia de um lado do corpo ) e suas seqüelas.
Fitocosmético
Elimina manchas de pele.
Farmacologia
Facilita a fluidificação dos exsudatos traquiobrônquicos ou estimula sua secreção de maneira que possam ser mais facilmente expulsos pelo reflexo da tosse. Atua relaxando a musculatura lisa das vias aéreas, principalmente brônquios.
Estimula a secreção e eliminação da urina. Útil em casos febris onde exerce apreciável efeito sudorífico.
Pesquisas científicas isolaram um glicosídeo, que por processos químicos dá origem à cumarina, talvez a substância responsável pelo efeito antiofídico.
Age sobre o tegumento cutâneo formando uma película ou filme quando utilizado externamente.
Riscos
Pode causar vômitos e diarréia quando usado em excesso.
Podem ocorrer acidentes hemorrágicos (ontagonismo ( inibe ) com a vitamina K), quando usado em tempo prolongado.
Não pode ser utilizado por mulheres com menstruação abundante, pois provoca o aumento do fluxo menstrual.
Doses Utilizadas
Uso Interno
Infuso ou decocto a 2%: tomar 50 a 200mL / dia.
Extrato fluido: 1 a 4 mL / dia.
Tintura: 50 a 20 mL / dia.
Xarope ( Farm. Bras. ): 10 a 40 mL / dia.
Uso Externo
Infuso ou decocto a 5%: aplicar várias vezes ao dia.
Suco da planta: fazer fricções sobre a parte dolorida.
Bibliografia
Caran,M.Ervas Medicinais.Cultivo e Uso Prático.Plantas cultivadas e silvestres.[S.l.s.n],[199-].Apostila.
Martins,E.R.; Castro,D.M.; Castellani,D.C.; Dias,J.E. Plantas Medicinais. Viçosa: UFV, 2000, p. 106-107.
Panizza,S. Cheiro de Mato. Plantas Que Curam. São Paulo: Ibrasa, 1998.
Sanguinetti,E.E. Plantas Que Curam. Porto Alegre: Rígel, 2ªedição, 1989.
Teske,M.; Trenttini,A.M.M. Compêndio de Fitoterapia. Paraná: Herbarium, 3ªedição, 1997.
Fonte: www.unilavras.edu.br
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Nome popular: Guaco, Guaco-trepador
Nome científico: Mikania glomerata Spreng.
Família: Compositae (Asteraceae).
Origem: Sul do Brasil.
Propriedades
Ação tônica (restaura energia), depurativa (eliminação de toxinas do sangue), febrífuga (combate a febre) e peitoral, estimulante do apetite e antigripal
Características
Trepadeira sub-lenhosa, de grande porte, perene. Apesar de ser nativa da região sul do Brasil, seu uso medicinal tem feito com que seja cultivada em vários estados, inclusive na região nordeste, onde em muitos locais a planta não chega a florescer.
Parte usada
Folhas.
Usos
Na região sul ela vem sendo muito usada na medicina popular há séculos, atribuindo-se às folhas as propriedades: ação tônica (restaura energia), depurativa (eliminação de toxinas do sangue), febrífuga (combate a febre) e peitoral, estimulante do apetite e antigripal.
As informações etnofarmacológicas citam o uso de seu cozimento (decocto) em gargarejo e bochecho nos casos de inflamações na boca e na garganta e a aplicação local da tintura, em fricções ou em compressas nas partes afetadas por traumatismos, nevralgias, prurido (coceira) e dores reumáticas. A única dessas propriedades que foi confirmada por estudos científicos foi sua ação sobre as vias respiratórias, justificadas pelo seu efeito broncodilatador, antissígeno, expectorante (expulsão do muco) e antiedematogênico (evita formação de edemas). Sendo assim, seu uso é permitido nesses casos nos programas de saúde pública e na prática caseira da medicina popular devidamente orientada.
Forma de uso / dosagem indicada: Para o tratamento caseiro da tosse, bronquite e das crises de asma, pode-se fazer uso do xarope, preparado cozinhando-se suas folhas bem picadas na proporção de uma parte para dez partes de água e mantendo-se a fervura até o aparecimento do cheiro da cumarina (composto presente na planta). Junta-se então um punhado de hortelã ou malvariço e deixa-se corar. Em seguida, basta juntar a mesma quantidade de açúcar ou um pouco mais e ferver novamente, até sua completa dissolução. O xarope pode ser guardado por até 15 dias em frasco fechado. Toma-se 1 colher de sopa 3 a 4 vezes ao dia.
Outras formas de uso são o chá por infusão e a tintura. O chá é preparado juntando-se água fervente a quatro a seis folhas cortadas em pedaços pequenos em uma xícara (de chá), do qual toma-se uma xícara, 2 a 3 vezes ao dia. A tintura pode ser feita deixando-se em infusão 100 gramas das folhas trituradas em 300ml de álcool a 70°GL para ser usada externamente, depois de filtrada em fricções ou compressas locais.
Referências bibliográficas
Lorenzi, H. et al. 2002. Plantas Medicinais no Brasil.
Vieira, L. S. 1992. Fitoterapia da Amazônia.
Fonte: www.cultivando.com.br
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O "Guaco" (Mikania glomerata Spreng.) é um tipo de planta medicinal utilizado contra gripe, rouquidão, infecção na garganta, tosse, bronquite. Pertence a família das Compositae e tem sua distribuição como espécie nativa no sul do Brasil, de São Paulo ao Rio Grande do Sul. é uma trepadeira volúvel, glabra. Folhas simples, opostas, ovadas e oblongo-lanceoladas, de base obtusa e ápice agudo, de até 15cm de comprimento e 7cm de largura, com três nervuras bem evidentes, pecioladas, carnoso-coriáceas, verde-brilhantes na face superior, mais pálidas na inferior. Flores hemafroditas, reunidas em número de quatro capítulos, uguais entre si, de papus branco e corola tubulosa, de cor branco-creme; capítulos agrupados em ramos espiciformes congestos, ou em glomérulos. Fruto tipo aquênio, glabro.
Como composição química, possui compostos sesquiterpênicos, diterpênicos, estigmasterol, flavonóides, cumarinas, resina, tanino, saponina e guacosídeo.
Propriedades medicinais
A ciência já comprovou as propriedades medicinais do guaco e atestou seu efeito broncodilatador e expectorante.
No inverno, quando aumenta incrivelmente a incidência de problemas do aparelho respiratório, por conta das gripes e resfriados, o guaco volta a figurar nas receitas caseiras.
A planta também conhecida como erva-de-serpentes, cipó-catinga ou erva-de-cobra, pertence à família das Compostas.
O guaco (Mikania glomerata) é originário do Brasil e sempre foi muito conhecido pelos índios brasileiros, que usavam a planta para combater o veneno das serpentes (daí vêm alguns dos seus nomes populares). Ainda hoje, em algumas regiões do Brasil, o macerado das folhas é aplicado em forma de cataplasma sobre picadas de cobras e outros animais peçonhentos. Existe também a tradição de usar a planta fresca e nova (cujas folhas emanam um aroma intenso e agradável) para manter as cobras afastadas.
Cultivo
O guaco é uma planta que se desenvolve bem em locais com clima ameno, como os da região Sul e boa parte do Sudeste. Trata-se de um arbusto lenhoso e cheio de ramos, que cresce como uma trepadeira, embora não tenha garras para se prender e precise de suporte como apoio. As folhas apresentam um tom verde brilhante e são levemente escuras na face superior e mais claras no verso. A floração, de cor branca ou amarelada, surge na forma de pequenos capítulos.
É importante lembrar que o guaco só floresce quando cultivado em locais onde possa receber luz solar direta.
Para o plantio, recomenda-se solo arenoso e rico em matéria orgânica. O plantio se faz por estacas de caule que apresentem pelo menos dois nós. Após o enraizamento, a muda deve ser transplantada para um local que lhe sirva de suporte. No caso de optar-se pelo plantio em vasos ou jardineiras, é necessário providenciar um apoio.
Por ser uma planta relativamente rústica, o guaco não exige muitos cuidados. Para garantir um crescimento robusto, é recomendável, por ocasião do plantio, incorporar ao solo uma adubação com húmus de minhoca. Nos períodos de seca é importante estar atento para manter a terra úmida, irrigando sempre que necessário, mas evitando encharcamentos. Tanto as folhas como as flores podem ser usados com finalidades medicinais. A colheita se dá normalmente seis meses após o plantio, quando é possível colher as primeiras folhas.
Usos e receitas
O uso do guaco como planta medicinal é muito antigo. Em 1870, chegou a ser criado um produto preparado com hastes e folhas da planta - era o Opodeldo de Guaco que durante décadas foi considerado um “santo remédio” contra bronquite, tosse e reumatismo.
Cientificamente já está provado que o guaco apresenta propriedades medicinais expectorantes e broncodilatadoras, sendo indicado no combate à tosse, asma, bronquite, rouquidão e outros sintomas associados à gripes e resfriados.
Popularmente, o guaco continua sendo usado para tratar reumatismo, infecções intestinais e cicatrizar ferimentos. A planta não apresenta princípios tóxicos, entretanto, deve ser usada com cautela, evitando-se todo tipo de excesso. Para o uso em crianças, é recomendável sempre a metade da dose indicada para os adultos.
Exemplo de Receita
Chá de guaco
Colocar 5 g (cerca de uma colher de chá) de folhas secas em meio litro de água fervente. Abafar e depois coar. Pode ser tomado como um chá comum, três vezes ao dia.
Dica
Para secar as folhas, pendure-as amarradas em maço, num local arejado e sem umidade. Xarope de guaco com mel: Coloque um punhado de caules e folhas em 2 e 1/2 litros de água fervendo, deixando no fogo até reduzir para 1/2 litro. Espere esfriar um pouco, filtre, junte 250 g de açúcar e ferva até o ponto de xarope.
Desligue e acrescente 3 colheres(sopa) de mel. Deixe esfriar e guarde em um vidro bem limpo e seco. Usar como um xarope, três vezes ao dia. Xarope de guaco: Ferver água e açúcar em ponto de calda. Juntar um chá bem forte de guaco e misturar até incorporar bem. Para aliviar a tosse, recomenda-se 1 colher (sopa) três vezes ao dia. Receita cicatrizante: Ferver algumas folhas de guaco com um pouco de água, juntando uma pequena quantidade de raiz de confrei e um pouco de casca de romã.
Fonte: pt.wikipedia.org
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