Nome comum
Amieiro
Nome científico
Alnus glutinosa
Distribuição
Quase toda a Europa, Ásia e noroeste de África.
Descrição geral
Árvore caducifólica de 17 a 20 m de altura, copa regular, arredondada. Ramos perpendiculares ao tronco. Folhas redondas de 4-10 cm de largura, cor verde escura, lustrosas. Amentilhos masculinos cilíndricos. Amentilhos femininos erectos, subcilíndricos, de cor verde, de 1-2 cm de comprimento. Infructescencias com aspecto de pinhas.
Habitat
Ocorre nas principais linhas de água. Altitude: desde o nível do mar até os 1.300 m. Solo: ácido ou neutro. Precipitação: necessita de humidade permanente (solos encharcados, raízes dentro de linhas de água). Temperatura: desde 40 ºC no Verão até os -30 ºC no Inverno.
Curiosidades
Aproveitamento: para lenha.
Etimologia: Alnus, nome clássico do Amieiro. Glutinosa, do latim glutinosus-a-um, pegajoso (relativo às folhas e raminhos).
Autor Fotografia
desconhecido
A Alnus glutinosa, em português: Amieiro, é uma árvore também conhecida por Alder que cresce em regiões de clica temperado húmido. Na América, é encontrada, principalmente na região sul dos Andes, mais especificamente no Chile. Em território nacional, o Amieiro pode ser encontrado em quase todos os locais com prevalência na região norte e centro do país.
A sua madeira é caracterizada pela sua baixa densidade e resistência à água. Esta é muito utilizada na construção de corpos de guitarras sólidas, dadas as suas características acústicas. Esta árvore tem como característica sonora o facto de produzir um som mais aveludado com grave bastante profundo. Possui um timbre característico mais agudo, alta velocidade de propagação do som e boa estabilidade.
O Amieiro é uma árvore que pode, até mesmo, atingir uma altura máxima por volta dos 35 metros, em que a sua idade, raramente, ultrapasse os 120 anos de existência. As suas folhas são, fisicamente, redondas e em forma de ovo, com desde 4 a 10 centímetros de comprimento e desde 5 a 8 pares de nervuras, que se dispõem lateralmente. Os seus frutos são uma espécie de pinha, com um comprimento compreendido entre 1 e 2 centímetros. Os Amieiros formam simbioses, ou seja, relações de benefício mútuo com os actinomicetos, que podem captar o azoto existente no ar.
As excrescências bolbosas das raízes são os lugares em que se produzem mais simbioses, que podem alcançar o tamanho de um punho humano. Então, o solo que está situado sob os Amieiros é rico em azoto. Por exemplo, em Trás-os-Montes são muito comuns nas margens dos rios.
Embora não tão chamativos como as mangnólias ou as amendoeiras, também os Amieiros, que encontramos juntos aos cursos de água, florescem no Inverno, quando estão despidos de folhas. Daí se pode concluir que estava árvore não é de folha permanente, sendo, portanto, de folha caduca.
À semelhança do que acontece com árvores como os carvalhos, os castanheiros, os salgueiros e as bétulas, as flores do Amieiro têm funções especializadas, podendo ser masculinas ou femininas, desconsiderando-se a hipótese de esta árvore ser hermafrodita aquando do processo de reprodução. As primeiras dispõem-se em longos cachos pendentes, cujo nome é amentilhos, que parecem candeias penduradas nos galhos nus das árvores. As segundas formam pequenos botões de um vermelho aveludado. Quando os amentilhos tiverem libertado, por completo, todo o seu pólen, dá-se por concluída a sua missão e desprendem-se da árvore. As inflorescências femininas, por sua vez, permanecem nos ramos depois da ocorrência da fecundação, transformando-se em pequenas “pinhas” lenhosas que contêm as sementes.
Esta árvore constitui um importante suporte para algumas construções. Por exemplo, nos suportes do Rialto em Veneza, é utilizada a madeira deste tipo de árvore, bem como em alguns edifícios em Amsterdão. Até mesmo algum do imobiliário é construído com a madeira desta árvore, macia, pouco densa e resistente à água.Até mesmo para queimar peixe defumado, ou seja, cru e seco, a madeira do Amieiro é importante.
Estão, então, aqui, patentes algumas das principais utilizações desta árvore, bem como as suas mais importantes características.
---------------------------------------
Nome científico: Alnus glutinosa (L.) Gaertn.
Família: Betulaceae.
Sinônimos botânicos: Alnus alnus (L.) Britt., Alnus rotundifolia, Alnus vulgaris Hill, Betula alnus.
Outros nomes populares: amieiro erle (alemão), aliso, alno e humero (espanhol), aune (francês), alder-tree, black alder, common alder, english alder, european alder e owler (inglês), alno (italiano).
Constituintes químicos: taninos (20%), ácidos graxos (palmítico, esteárico), glucosídeos flavônicos tipo hiperosídeo, emodina (corante), flobafenos, taraxerol, taraxerona, lupeol, fitoesteróides: beta-sitosterol.
Propriedades medicinais: adstringente (antidiarréico, hemostático local), analgésico local, antipirético, catártica, colerético, descongestionante, emética, febrífuga, hemostática, mucilaginosa, tônico amargo.
Indicações: chagas, contrações musculares, diarréia, disfunção hepatobiliar, estomatite, febre, ferida, garganta (faringite, tonsilite), hemorróida, leucorréia, inflamações osteoarticulares, mialgias, parodontopatia, úlceras cutâneas, vulvovaginite.
Parte utilizada: casca do tronco e dos ramos, folhas, raiz.
Contra-indicações/cuidados: obstrução das vias biliares, gastrite, úlceras gastroduodenais, síndrome de intestino irritável, colite ulcerosa, hepatopatia, epilepsia, doença de Parkinson e outras doenças neurológicas, tratamentos com alcalóides ou sais de ferro (que são neutralizados pelos taninos).
Levar em conta também o teor alcoólico da fórmula (extrato, tintura) no caso de grávidas, lactantes e crianças menores de 2 anos.
Os taninos podem causar irritação da mucosa gástrica.
Modo de usar:
Como emético usar a casca fresca, pois ela provoca vômito. Para todos os outros fins usar a casca seca.
Uso externo: estomatite, parodontopatia, faringite, vulvovaginite, feridas, ulcerações cutâneas, inflamações osteoarticulares, mialgias, contrações musculares;
- casca pulverizada e folhas: tônica;
- decocção da raiz: gargarejo para inflamações na boca, garganta dolorida, faringite;
- decocção da casca em vinagre para lavagem externa: piolho, problemas de pele (sarna, crostas), reumatismo, inflamações, queimaduras, pés doloridos, hidropisia, cobreiro, impetigo, prurite; cataplasma para inchações de todos os tipos que incluem glândulas aumentadas, escrófula, limpar dentes, firmar gengivas;
- decocção de uma colher de sopa de casca ou folhas em 200 ml de água. Para uso interno, beber até 400 ml por dia, dividido em várias doses pequenas;
- decocção para uso interno: 20 g de casca e folhas por litro de água, ferver 5 minutos e tomar 100 ml 2 a 3 vezes por dia;
- decocção para uso externo: 20 g de casca por litro de água, fervir 5 minutos e aplicar em forma de compressas, lavagens, colutórios, gargarejos;
- decocção de 30 g de casca em um litro de água. Ferver por 10 minutos. Para lavagem de hemorróidas, feridas, chagas e úlceras. Depois de morno, filtrar e realizar lavagens freqüentes, a fim de eliminar as inflamações e as dores conseqüentes;
- decocção para gargarejos de 20 g de casca em meio litro de água. Deixar amornar, coá-lo e adoçá-lo com mel, utilizando-o para fazer gargarejos: garganta (faringite, tosse);
- infusão de uma colher de sopa de folhas esmagadas para 250 ml água fervente. Deixe esfriar 1/2 hora;
- infusão para irrigações de 50 g de casca de amieiro a um litro de água fervente, deixando até ficar morno. Filtrá-lo e empregá-lo para fazer irrigação vaginal. Repetir a operação duas vezes ao dia: leucorréia;
- tintura: a dose é de 1/2 a 1 colher de sopa ao dia;
- pó: dose é de 0,5 a 0,7 g ao dia;
- as folhas podem ser usadas escaldadas, aplicando-as sobre as articulações afetadas: analgésico local;
- os ramos com folhas podem ser usados como mosquicida.
Sem comentários:
Enviar um comentário