Nome científico: Pilocarpus microphyllus Stapf. ex Wardleworth
Propriedades terapêuticas: Sudorífero, diurético, promovedor de saliva, revitalizante capilar.
Indicações terapêuticas: Afecções bronqueais, reumatismo, glaucoma.
Posologia e dose usual
A pilocarpina é empregada correntemente no tratamento de glaucoma, administrando-se em forma de solução aquosa entre 0,5% e 4% como gotas oftálmicas. Quando se aplique como colírio é conveniente pressionar o saco conjuntival para evitar una excessiva absorção sistêmica. Nos tratamentos de glaucoma crônico pode alternar-se com eserina, cuidando de não se administrar juntos pela possibilidade de antagonismo.
Também se emprega, junto a outros componentes, na formulação de loções ou xampus antiseborreicos e revitalizantes capilares. Mesmo assim, é muito útil como sialagogo em casos de xerostomía ou aptialismo, nefrite crônica, uremia elevada e para contrarrestar* o efeito parasimpaticolítico de outras medicações como a atropina
------------------------------------------------
Família: Rutaceae.
Sinônimos botânicos: Pilocarpus cearensis Rizzini.
Outros nomes populares: jaborandi, jaborandi-legítimo, yaborã di (Tupi), jaborandi-pernambucano, jaborandi-do-maranhão, jaborandi-três-folhas, jaborandi-manso, jaborandi-verdadeiro, jaborandi (inglês, espanhol, francês, italiano).
Constituintes químicos: alcalóides (1%): pilocarpina (0,5%), isopilocarpina, pilosina, pilocarpidina; óleo essencial (0,25%): cariofileno, 2-trideconona, outros terpenos; taninos; ácido jabórico; ácido policárpico; resinas.
Propriedades medicinais: anti-artritica, antiinflamatória, antiqueda de cabelos, anti-reumática, diaforética, estimulante do crescimento capilar, depressor cardíaco, diaforética, emoliente, estimulante do peristatismo e da secreção salivar, expectorante, febrífuga, hipoglicêmica, laxantiva, miótica, sialagoga, sudorífera, tônica, tônico capilar, vaso dilatador.
Indicações: afecção catarral, afecções reumáticas, alopécia (queda de cabelo), amenorréia, artrite, asma úmida, aumentar a salivação, blenorragia, boca seca, bronquite, caxumba, cólica intestinal e hepática, coroidite, descolamento de retina, diabete melitus, difteria, dor de dente, edema, edema pulmonar, febre, fezes ressecadas, glaucoma, gripe, hemoptises, hiper-hidrose local ou geral, intoxicação urêmica, irite, leucorréia, mal de bright, nefrite aguda, papeira exoftálmica, paralisia renal, pleurisia, pneumonia, reumatismo.
Parte utilizada: folhas.
Contra-indicações/cuidados: Não deve ser administrada por via oral sem acompanhamento médico. Contra indicado para pessoas cardíacas e de constituição fraca e de gestantes e lactantes.
O uso interno pode causar vômitos, diarréia, insuficiência cardíaca. Externamente pode causar irritação ocular; raramente pode ocorrer hemólise eritrocitária (ação antagonizada pela atropina e beladona).
Modo de usar:
A pilocarpina ( substância ativa ) é destruída com a ebulição, devendo ser utilizado a maceração ou infusão; como a jaborine, no organismo, tem efeito antagônico ao da pilocarpina, o uso interno, da mesma, é mais seguro em forma comercial (purificada), sob acompanhamento médico;
O uso interno de macerado ou infusão só deve ser praticado com acompanhamento médico.
- decocção para uso externo de 50g/ litro de água: enxaguar os cabelos;
- infusão para uso interno de 20 g das folhas em um litro de água. Tomar 2 xícaras ao dia, entre as refeições;
- pó das folhas, para uso interno: 2 a 5 g diárias, divididas em doses máximas unitárias de 0,5g;
- tintura: 2 a 5 ml por dia.
Algumas espécies do gênero: Pilocarpus.
-------------------------------------
Família: Rutaceae
Pilocarpina é um alcalóide extraído das folhas da planta jaborandi (Pilocarpus pennatifolius), uma espécie vegetal disponível somente no Brasil. O jaborandi é conhecido há vários séculos pelos índios tupi-guarani que a chamavam de yaborã-di (planta que faz babar) e indicada sempre que se queira aumentar a produção de suor (gripe, edemas ou hidropisia). Esta planta é um arbusto do gênero Pilocarpus, de ocorrência natural em algumas regiões do norte/nordeste do Brasil, especificamente entre o Maranhão e o Piauí, que tem folhas claras podendo chegar até dois metros de altura. Suas folhas estão repletas de pequenas bolsas secretoras que quando esfregadas soltam um cheiro semelhante ao da laranja.
Willem Piso, médico e naturalista holandês, veio para o Brasil por ocasião da ocupação holandesa, chegando no início de 1637 e retirando-se em 1644. Dedicou-se ao estudo das doenças do Brasil Holandês. Escreveu a obra Historia naturalis Brasiliae, com a colaboração do naturalista alemão Georg Marggraf. Piso deixou em suas obras observações detalhadas sobre as enfermidades brasileiras, as propriedades terapêuticas das plantas e o efeito do veneno dos animais. Esta obra serviu de fonte para a inclusão das espécies da fauna e da flora brasileiras no Systema Naturae de Carl von Linné.
Piso e Macgrave, o médico holandês e seu assistente alemão, analisaram cientificamente o uso de plantas e a nosologia indígena. Piso introduz na farmacologia européia o jaborandi (analgésico). O ensinamento de Piso e Macgrave obteve reconhecimento na América portuguesa como prova as referências feitas as suas obras poucos anos mais tarde pelo padre Simão de Vasconcelos. Contudo a generalidade dos médicos europeus assumia postura hostil à terapia indígena ou afro-brasileira
A pilocarpina pertence a um pequeno grupo de alcalóides, contendo amidazol em sua estrutura. Diferentes sais são produzidos com pilocarpina, tais como: sulfato, cloridato e nitrato. A pilocarpina é usada na formulação de gotas oculares para o tratamento do glaucoma, reduzindo a pressão intra-ocular e também em exames clínicos.
O glaucoma é uma doença comum definida pela lenta e progressiva perda de visão, sendo a segunda causa de cegueira nos EUA, perdendo apenas para a diabetes. Embora o glaucoma não tenha cura, a prevenção da progressiva perda da visão é conseguida reduzindo-se a pressão intraocular. O aumento da pressão intraocular pode ser o resultado do aumento da produção de humor aquoso ou redução da drenagem deste mesmo humor aquoso. O humor aquoso é um corpo gelatinoso, composto de 99% de água, transparente e avascular, que perfaz dois terços do volume e do peso do olho. A pilocarpina atua facilitando a eliminação de humor aquoso. Embora efeitos colaterais sistêmicos sejam raros, a alta incidência de efeitos colaterais no próprio olho, aliados ao incoveniente de exigir dosagens de quatro vezes por dia, tornam a pilocarpina menos popular do que outras medicações anti-glacoma.
No Brasil, as atividades da empresa SourceTech estão direcionadas à produção e comercialização de princípios ativos vegetais de aplicação farmacêutica e alimentícia. Nos setores laboratorial e experimental a empresa desenvolveu tecnologias para extração e produção de diversos fitoterápicos e insumos, sendo a Soucertech a única produtora mundial do alcalóide denominado PILOCARPINA. Os principais clientes são os laboratórios farmacêuticos e as indústrias alimentícias com centros de desenvolvimento e pesquisa sediados na Europa e Estados Unidos. A SourceTech participou do 3º Venture Forum (SP) realizado em 18 e 19 de abril de 2001.
A empresa alemã Merck é detentora da patente do uso do pilocarpo (US5059531 de 1991), que beneficia a planta no Brasil mesmo e leva o material pré-industrializado para refinamento e embalagem na Alemanha. Como ocorre com diversas outras plantas tropicais, a taxa de germinação cai em mais de 90% em poucas semanas o que dificulta o transporte das sementes para cultivo em áreas muito afastadas dos locais de coleta. Segundo o professor da Unesp, Mário Palma, dados oficiosos datados de 1989 dão conta de que a comercialização desse produto rende anualmente ao laboratório cerca de R$ 25 milhões. A patente descreve o processo de isolamento da pilocarpina a partir de culturas in vitro da planta pilocarpo uma vez que os métodos químicos ou bioquímicos são anti-econômicos.
O Jaborandi parece ter destino semelhante ao da Espinheira Santa. É encontrado em uma região de solo e clima bem característicos, entre o Pará e o Maranhão. Seu princípio ativo já é largamente usado pela indústria de medicamentos no tratamento do glaucoma. Era utilizado no passado para aguçar o faro de cães de caça. Também indicado no tratamento de doenças do aparelho respiratório. Vários xampus trazem o Jaborandi em sua fórmula, tido como um poderoso aliado na luta contra a queda de cabelo. Há anos, a planta vem sendo extraída em grandes quantidades para uso de laboratórios estrangeiros. Não existem planos para reposição dos exemplares retirados da região. As poucas áreas de cultivo regular são controladas por laboratórios estrangeiros. Um espécie ameaçada é o jaborandi (Pilocarpus jaborandi), muito utilizado em formulações cosméticas. Esta planta faz parte da Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, publicada em 1992 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
Estimula o crescimento e renovação celular na pele e cabelos, utilizado na prevenção e tratamento da queda de cabelos de diversas causas. Contém alcalóides, especialmente a pilocarpina e óleos essenciais. Desta planta é extraido o cloridrato de pilocarpina, vasodilatador tópico, com aplicações médicas nas áreas de dermatologia, angiologia e oftalmologia.
http://www.sourcetech.com.br/produtos.htm
htpp://www.radiobras.gov.br/abrn/c&t/1997/c&t_1001.htm
http://www.comciencia.br/reportagens/framereport.htm
http://www.estado.estadao.com.br/edicao/especial/plantas/jui6.html
http://www.biobella.com.br/Principios_Ativos/Jaborandi.htm
http://galileu.globo.com/piso_arquivos/seculoxvii.htm
Trato dos Viventes, Luiz Felipe de Alencastro pag 134
Sem comentários:
Enviar um comentário