segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Burirti

Nome popular: carandá-guaçu; coqueiro-buriti; palmeira-do-brejo; miriti
Nome científico: Mauritia flexuosa L
Família botânica: Palmae
Origem: Brasil - Regiões brejosas de várias formações vegetais.

Buritizeiro

Buriti

Características da planta

Palmeira de porte elegante com estipe ereto de até 35 m de altura. Folhas grandes, dispostas em leque. Flores em longos cachos de até 3 m de comprimento, de coloração amarelada, surgem de dezembro a abril.

Fruto

Elipsóide, castanho-avermelhado, de superfície revestida por escamas brilhantes. Polpa marcadamente amarela. Semente oval dura e amêndoa comestível. Frutifica de dezembro a junho.

Cultivo

Ocorre naturalmente isolada ou em grupos, de preferência nos terrenos pantanosos, sendo por isso denominada Palmeira-do-brejo, Buritis Altos, Vereda do Buriti Pardo, Buriti Mirim, Vereda Funda, Bom Buriti, Vereda-Meã, Buriti Comprido, Vereda-da-Vaca-Preta, Vereda-Grande, Buriti-do-Á, Vereda do Ouriço-Cuim, Buriti-Pintado, Veredas-Mortas, Córrego do Buriti-Comprido...

Os buritis e as veredas do Brasil central, imortalizados na obra literária de Guimarães Rosa, de onde tantas e tão verdadeiras expressões, são parte indissociável dos chapadões recobertos pelos domínios dos cerrados.

Por onde passa um rio, riacho ou ribeirão, em suas margens, em meio aos campos tropicais do cerrado e nos, assim chamados, "lavrados" dos campos de Boa Vista em Roraima - enclaves de vegetação semelhante à do Brasil central em meio à floresta tropical - florescem as matas de galeria e, nelas, os buritis.

Um pouco além da mata, ladeando-as, as veredas bem marcadas de areias claras e vegetação mais rasteira.

Na relva densa e rica das veredas, circundadas em geral por campos limpos, destaca-se majestosamente o buriti: palmeira de estipe elegante e ereto, encimado por folhas enormes e brilhantes. Suas folhagens, abertas em forma de estrela, formam uma copa arredondada, uniforme e linda, vista de baixo sob o céu azul e limpo.

Vistas ao longe, essas matas onde se destacam os buritis, são indício seguro de que por ali existe um curso d'água, descanso e alimento para o sertanejo e para o caboclo: terrenos de várzea e brejos, de solo fofo e úmido, recobertos por extensos buritizais escondem, por entre seus meandros, as águas correntes.

Por onde passam, são as águas que carregam e espalham as sementes da palmeira buriti.

Do buriti - "verde que afina e esveste, belimbeleza", como diz o Riobaldo de Guimarães Rosa - já foi dito, e muitas vezes reafirmado, desde que aqui chegaram os primeiros europeus com seus viajantes e naturalistas, que se trata da mais bela palmeira existente.

Mais do que isso, nas regiões onde ocorre, o buriti é a planta mais importante entre todas as outras, de onde o homem local, herdeiro da sabedoria dos indígenas nativos, aprendeu a retirar parte essencial de seu sustento.

Os cachos carregados de frutos e as folhas de que necessita, são apanhados lá no alto, cortados no talo com facão bem afiado para não machucar a palmeira.

Depois disso, o experiente sertanejo pula, usando as largas folhas do buriti como se fossem pára-quedas, pousando suavemente na água.

Dos frutos do buriti - um coquinho amarronzado que, quando jovem, possui duras escamas que vão escurecendo conforme amadurecem - aproveita-se a polpa amarelo-ouro. Para extraí-la é preciso, antes, amolecer aquelas escamas por imersão em água morna ou abafamento em folhas ou em sacos plásticos.

E é com ela que são preparados os doces e outros sub-produtos tradicionais. São eles.

O moreno doce caixinhas de delicada marcenaria, na confecção das quais não se utiliza outro material a não ser a própria madeira do buriti; afarinha de buriti, produzida a partir da parte interna do estipe da palmeira; as raspas de buriti, obtidas a partir da secagem ou desidratação ao sol da polpa do fruto raspada; a paçoca de buriti, quando se misturam, às raspas, um pouco de farinha de mandioca e de rapadura. Todos eles, alimentos resistentes ao tempo durante a estiagem, quando outros alimentos rareiam.

A polpa pode, também, ser congelada e conservada por mais de ano, sendo utilizada praticamente da mesma forma que a polpa fresca. Com ela produzem-se, hoje em dia, diferentes tipos de sorvetes, cremes, geléias, licores e vitaminas de sabores exóticos e alta concentração de vitamina C, invenções e descobertas modernas, muitas delas desenvolvidas nos centros de pesquisa da EMBRAPA.

O buriti, no entanto, não fornece alimento apenas ao homem.

Conta-se que, quando é safra de buriti, certos animais comem tanto e com tanta voracidade que se tornam pesados e fáceis de alcançar.

É o caso do porco-montado de Roraima, espécie de porco doméstico que vive no mato, que nessa época fica com as gorduras tingidas pela cor amarelo forte do buriti.

Mas o buriti é ainda muito mais do que puro alimento para homens e animais. De sua polpa, por exemplo, a população regional extrai um óleo de cor vermelho-sangüínea utilizado contra queimaduras, de efeito aliviador e cicatrizante. Esse mesmo óleo é comestível, apresentando altos teores de vitamina A. Também comestível e, dizem, saboroso, é o palmito extraído do broto terminal da planta.

Com as folhas crescidas - ou "palhas", como diz o homem regional -, com suas fibras e com seus brotos, segundo descrição de Carmo Bernardes, pode-se fazer de tudo: "a caroça de vedar chuva, o tapiti de espremer massa de mandioca, o paneiro de empaiolar farinha, uma gradação de balaios... as esteiras, as mantas, as redes de dormir, as cordas, as urupemas, os abanos e chiconãs de carregar galinha..."

Por fim, segundo Pio Corrêa, o estipe do buriti fornece, por incisão, um líquido adocicado e agradável com o qual se mata a sede. Fermentado, esse mesmo líquido se transforma em uma bebida conhecida por "vinho de buriti".

Por sua beleza e por propiciar tantos bens aos homens e aos animais - que também sabem apreciar e se fartar de seus frutos - o buriti foi a palmeira que mais encantou os naturalistas Spix e Martius quando, pela primeira vez, encontraram-se no interior das terras brasileiras.

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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Buritizeiro

Buriti

É a mais alta e elegante das nossas palmeiras. Os frutos castanho-avermelhados e revestidos com escamas apresentam uma polpa bem amarela, encobrindo a amêndoa comestível. Da polpa adocicada se faz vinho, sorvete e doce. O broto terminal é saboroso palmito.

Das folhas se fazem ripas, jangadas e cobertura de ranchos, e das fibras se tecem esteiras e redes.

Do buriti também se extrai o óleo usado para fritura, fabricar sabão, acender lamparina. O óleo ainda é protetor solar e desodorante.

Fonte: www.unicamp.br

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A palmeira de mil e uma utilidades

Buriti

O buriti (Mauritia flexuosa) é uma das mais singulares palmeiras do Brasil.

O buriti é uma espécie abundante no Cerrado e um indicativo infalível da existência de água na região.

Como o Cerrado é rico em água, lá estão os buritis, emoldurando as veredas, riachos e cachoeiras, inseridos nos brejos e nascentes. A relação com a água não é à toa.

Ao caírem nos riachos, os frutos de seus generosos cachos são transportados pela água, ajudando a dispersar a espécie em toda a região. Os frutos também servem de alimento para cutias, capivaras, antas e araras, que colaboram para disseminar as sementes. Na natureza, tudo funciona na base da cooperação mútua.

Os buritis também embelezam a paisagem do Cerrado e são fonte de inspiração para a literatura, a poesia, a música e as artes visuais.

Fonte: www.ispn.org.br

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Buriti

O buriti é fruto da palmeira conhecida localmente como árvore da vida, assim chamada por ser possível utilizar praticamente tudo dessa espécie.

A polpa dos frutos é utilizada para fazer doces e sorvetes, além de ajudar na recuperação da pele queimada ou machucada. As sementes são utilizadas para fazer colares e outras jóias da floresta. As folhas trançadas cobrem as casas e até do caule se extrai um líquido que substitui o açúcar.

O buriti é a maior fonte natural conhecida de carotenóides (pró-Vitamina A), já muito conhecidos por suas propriedades protetoras para a pele.

Estudos adicionais demonstram que o óleo também é muito útil para o cuidado dos cabelos, especialmente os danificados. O uso do óleo em condicionadores pode ajudar a recuperar a força e maleabilidade dos fios.

Entre os sucessos já lançados, destacam-se os produtos solares, pré e pós-solares e maquilagens. Japão, França e Estados Unidos parecem especialmente atraídos pela sua cor vermelha intensa.

Fonte: www.cosmeticosbr.com.br

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Nome popular: carandá-guaçu; coqueiro-buriti; palmeira-do-brejo; miriti
Nome científico: Mauritia flexuosa L
Família botânica: Palmae
Origem: Brasil - Regioes brejosas de várias formaçoes vegetais.

Buriti

Características da planta

Palmeira de porte elegante com estipe ereto de até 35 m de altura. Folhas grandes, dispostas em leque. Flores em longos cachos de até 3 m de comprimento, de coloraçao amarelada, surgem de dezembro a abril.

Fruto

Elipsóide, castanho-avermelhado, de superfície revestida por escamas brilhantes. Polpa marcadamente amarela. Semente oval dura e amendoa comestível. Frutifica de dezembro a junho.

Cultivo

Ocorre naturalmente isolada ou em grupos, de preferencia nos terrenos pantanosos, sendo por isso denominada Palmeira-do-brejo, Buritis Altos, Vereda do Buriti Pardo, Buriti Mirim, Vereda Funda, Bom Buriti, Vereda-Mea, Buriti Comprido, Vereda-da-Vaca-Preta, Vereda-Grande, Buriti-do-Á, Vereda do Ouriço-Cuim, Buriti-Pintado, Veredas-Mortas, Córrego do Buriti-Comprido...

Os buritis e as veredas do Brasil central, imortalizados na obra literária de Guimaraes Rosa, de onde tantas e tao verdadeiras expressoes, sao parte indissociável dos chapadoes recobertos pelos domínios dos cerrados.

Por onde passa um rio, riacho ou ribeirao, em suas margens, em meio aos campos tropicais do cerrado e nos, assim chamados, "lavrados" dos campos de Boa Vista em Roraima - enclaves de vegetaçao semelhante a do Brasil central em meio a floresta tropical - florescem as matas de galeria e, nelas, os buritis.

Um pouco além da mata, ladeando-as, as veredas bem marcadas de areias claras e vegetaçao mais rasteira.

Na relva densa e rica das veredas, circundadas em geral por campos limpos, destaca-se majestosamente o buriti: palmeira de estipe elegante e ereto, encimado por folhas enormes e brilhantes.

Suas folhagens, abertas em forma de estrela, formam uma copa arredondada, uniforme e linda, vista de baixo sob o céu azul e limpo.

Vistas ao longe, essas matas onde se destacam os buritis, sao indício seguro de que por ali existe um curso d'água, descanso e alimento para o sertanejo e para o caboclo: terrenos de várzea e brejos, de solo fofo e úmido, recobertos por extensos buritizais escondem, por entre seus meandros, as águas correntes.

Por onde passam, sao as águas que carregam e espalham as sementes da palmeira buriti.

Do buriti - "verde que afina e esveste, belimbeleza", como diz o Riobaldo de Guimaraes Rosa - já foi dito, e muitas vezes reafirmado, desde que aqui chegaram os primeiros europeus com seus viajantes e naturalistas, que se trata da mais bela palmeira existente.

Mais do que isso, nas regioes onde ocorre, o buriti é a planta mais importante entre todas as outras, de onde o homem local, herdeiro da sabedoria dos indígenas nativos, aprendeu a retirar parte essencial de seu sustento.

Os cachos carregados de frutos e as folhas de que necessita, sao apanhados lá no alto, cortados no talo com facao bem afiado para nao machucar a palmeira.

Depois disso, o experiente sertanejo pula, usando as largas folhas do buriti como se fossem pára-quedas, pousando suavemente na água.

Dos frutos do buriti - um coquinho amarronzado que, quando jovem, possui duras escamas que vao escurecendo conforme amadurecem - aproveita-se a polpa amarelo-ouro. Para extraí-la é preciso, antes, amolecer aquelas escamas por imersao em água morna ou abafamento em folhas ou em sacos plásticos.

E é com ela que sao preparados os doces e outros sub-produtos tradicionais. Sao eles.

O moreno doce caixinhas de delicada marcenaria, na confecçao das quais nao se utiliza outro material a nao ser a própria madeira do buriti; afarinha de buriti, produzida a partir da parte interna do estipe da palmeira; as raspas de buriti, obtidas a partir da secagem ou desidrataçao ao sol da polpa do fruto raspada; a paçoca de buriti, quando se misturam, as raspas, um pouco de farinha de mandioca e de rapadura. Todos eles, alimentos resistentes ao tempo durante a estiagem, quando outros alimentos rareiam.

A polpa pode, também, ser congelada e conservada por mais de ano, sendo utilizada praticamente da mesma forma que a polpa fresca. Com ela produzem-se, hoje em dia, diferentes tipos de sorvetes, cremes, geléias, licores e vitaminas de sabores exóticos e alta concentraçao de vitamina C, invençoes e descobertas modernas, muitas delas desenvolvidas nos centros de pesquisa da EMBRAPA.

O buriti, no entanto, nao fornece alimento apenas ao homem. Conta-se que, quando é safra de buriti, certos animais comem tanto e com tanta voracidade que se tornam pesados e fáceis de alcançar.

É o caso do porco-montado de Roraima, espécie de porco doméstico que vive no mato, que nessa época fica com as gorduras tingidas pela cor amarelo forte do buriti.

Mas o buriti é ainda muito mais do que puro alimento para homens e animais. De sua polpa, por exemplo, a populaçao regional extrai um óleo de cor vermelho-sangüínea utilizado contra queimaduras, de efeito aliviador e cicatrizante. Esse mesmo óleo é comestível, apresentando altos teores de vitamina A. Também comestível e, dizem, saboroso, é o palmito extraído do broto terminal da planta.

Com as folhas crescidas - ou "palhas", como diz o homem regional -, com suas fibras e com seus brotos, segundo descriçao de Carmo Bernardes, pode-se fazer de tudo: "a caroça de vedar chuva, o tapiti de espremer massa de mandioca, o paneiro de empaiolar farinha, uma gradaçao de balaios... as esteiras, as mantas, as redes de dormir, as cordas, as urupemas, os abanos e chiconas de carregar galinha..."

Por fim, segundo Pio Correa, o estipe do buriti fornece, por incisao, um líquido adocicado e agradável com o qual se mata a sede. Fermentado, esse mesmo líquido se transforma em uma bebida conhecida por "vinho de buriti".

Por sua beleza e por propiciar tantos bens aos homens e aos animais - que também sabem apreciar e se fartar de seus frutos - o buriti foi a palmeira que mais encantou os naturalistas Spix e Martius quando, pela primeira vez, encontraram-se no interior das terras brasileiras.

Utilidade: a planta tem muitas utilidades:

1) A polpa dos frutos é usada para extraçao de óleo comestível de cor avermelhada e no preparo de sorvetes, cremes, geléias, doces, licores e sucos contendo vitaminas A e C. Os frutos servem de alimentos para animais silvestres

2) As folhas, para confecçao de cordas, esteiras, redes de dormir, abanos, utensílios domésticos para espremer raspa de mandioca no preparo de farinha e artesanatos diversos

3) A estipe (tronco) é usada nas construçoes rurais e obtém-se, através de perfuraçoes, um líquido adocicado para a fabricaçao do vinho-de-buriti. O palmito dessa planta é comestível

4) Na arborizaçao de praças, parques e jardins.


Teores
Antes da extraçao
do óleo
Depois da extraçao
de óleo com hexano
sob refluxo
Umidade (%)
5,89
9,62
Cinzas (%)
5,33
4,03
Lipídios (%)
25,0
14,7
Proteínas (%)
5,90
5,34
Fibras (%)
*
27,6
* O teor de fibras é determinado após a extraçao de óleo

Fonte: www.facabiodiesel.com.br

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Nome científico: Mauritia flexuosa
Família: aracaceae

Buriti

Origem

Norte da América do Sul, Venezuela e Brasil, predominante no Brasil.

O Buriti é a designação comum a plantas dos gêneros da família das aracaceas (antigas palmáceas). Contudo o termo pode se referir ainda à Mauritia flexuosa, uma palmeira muito alta, do Norte da América do Sul, Venezuela e Brasil, predominantemente nos estados da região norte neste último país. Seu fruto é uma fonte de alimento privilegiada. Rico em vitamina A, B e C, ainda fornece cálcio, ferro e vitaminas.

Consumido tradicionalmente ao natural, o fruto do buriti também pode ser transformado em doces, sucos, picoleres e licores, sobremesa de paladar peculiar e na alimentação de animais. O óleo extraído da fruta tem valor medicinal para os povos tradicionais do Cerrado que o utilizam como vermífugo, cicatrizante e energético natural, também é utilizado para amaciar e envernizar couro.

Muito utilizado na cosmética como, hidratante, humectante, protege a pele contra os raios nocivos do sol, como óleos pós banho, shampoos, filtro solar, sabonetes, além de dá cor, aroma e qualidade a diversos outros produtos de beleza.

Fonte: www.aromasdafloresta.com.br

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Mauritia flexuosa L. f.

“Morety he outro modo de palma mto comprida e no alto tem hua roda q faz cõa folhada e dá hus cachos de coquos mto grandes ... a fructa se come.”
C.Lisboa 1631, em “Animais e Árvores do Maranhão”

No bioma Cerrado é a espécie que caracteriza as veredas, marcante fitofisionomia da região, ocorrendo também em matas de galeria e ciliares, podendo formar densos buritizais.

Para além dos domínios do Cerrado, corre em toda a Amazônia e Pantanal, sobre solos mal drenados, em áreas de baixa altitude até 1000m, sendo considerada a palmeira mais abundante do país.

Buritizeiro

Buriti

Produz anualmente grande quantidade de frutos, que podem ser consumidos ao natural, na forma de sucos, sorvetes, doces ou desidratados.

Segundo Rafael Teixeira, guia na Chapada dos Veadeiros especializado em flora e avifauna do Cerrado, os frutos integram a dieta de mamíferos como a cutia, a capivara e a anta, e de aves como a arara.

Em algumas cidades no Piauí, como Dom Expedito Lopes, o doce do buriti é fabricado e embalado em caixinhas feitas a partir do talo (pecíolo) de folhas do próprio buriti. O doce é comercializado em feiras do Distrito Federal e Goiânia.

“As mulheres guerreiras, senhoras de seu corpo, são como a palmeira do murity, que rejeita o fructo antes que elle amadureça e o abandona á correnteza do rio.”
J. Alencar 1874

A espécie possui íntima relação com a água, que atua na dispersão de seus frutos e auxilia na quebra da dormência das sementes.

O viveirista Julmar Andrade, o "Mineiro", recomenda que antes do plantio devemos deixar as sementes do buriti de molho durante 30 dias, trocando a água todos os dias. O procedimento quebra a dormência das sementes e promove uma homogeneização na germinação do lote.

Os pecíolos (talos) e a palha de suas folhas são muito utilizados na cobertura de casas e ranchos, bem como no artesanato regional, para a confecção de cestos e móveis.

“...palmeira denominada brutíz, que he alta, e grossa com folhas de mais de sete pés de comprimento: do seu fructo fazem os índios, e ainda os antigos certanistas um vinho, que se asemelha ao da videira na cor e gosto.”
Casai 1817, em Corografia Brasílica

O uso medicinal está associado ao óleo extraído da polpa dos frutos, com propriedades energéticas e vermífugas.

Rico em pró-vitamina A (500 000 UI), com índice de 300mg/100g, o óleo é usado contra queimaduras na pele, provocando alívio imediato e auxiliando na cicatrização. O óleo absorve radiações no espectro ultra-violeta, sendo um eficiente filtro solar Tem sido empregado recentemente pela indústria cosmética entrando na composição de sabonetes, cremes e xampus.

Palha de buriti
Banquinho-baú de madeira e palha de buriti, ao lado de vaso de cerâmica marajoara e da pastor alemão Terra.

Composição química e valor energético de 100g da polpa do Buriti

Calorias 114,9
Glicídios (g) 2,16
Proteínas (g) 2,95
Lipídios (g) 10,50
Ca (mg) 158
P (mg) 44
Fe (mg) 5,00

Vitaminas

A (mcg) 6.000
B1 (mcg) 30
B2 (mcg) 230
C (mcg) 20,8
Niacina (mcg) 0,700

Bibliografia consultada

ALMEIDA, S.P.; PROENÇA, C.E.B.; SANO, S.M.; RIBEIRO, J.F. , 1998. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: EMPRAPA-CEPAC.

Cunha, Antônio Geraldo da, 1924. Dicionário Histórico das palavras portuguesas de origem tupi / Antônio Geraldo da Cunha; prefácio-estudo de Antônio Houaiss. 4 ed. São Paulo: Companhia Melhoramentos; Brasíla: Universidade de Brasília, 1998.

Lorenzi, H. et al., 2004. Palmeiras Brasileiras e Exóticas Cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum.

Silva, D.B. da; et al., 2000. Frutas do Cerrado. Brasília: Emprapa Informação Tecnológica

Fernando Tatagiba

Fonte: www.biologo.com.br

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Nome popular: BURITI
Nome científico: Mauritia flexuosa L.
Família botânica: PALMAE

Buriti

Pertencente a família das palmáceas, o buriti (Mauritia vinifera e M. flexuosa) é encontrado principalmente na área central do Brasil até o sul da planície amazônica.

Podendo alcançar até 35 m de altura, suas folhas grandes, formam uma bela copa.

Suas flores tem a cor amarelada e normalmente aparecem no início do ano.

Seus frutos são avermelhados,cobertos por uma escama de cor avermelhada e lustrosa.. A polpa amarela cobre sua semente oval que é bastante dura. Frutifica de dezembro a junho. Exigente quanto à grande quantidade de água por perto, a presença do Buriti é uma boa indicação de um solo úmido com algum curso d'água por perto.

Geralmente, o Buriti se utiliza das águas correntes para levarem e espalharem as sementes de sua palmeira. Planta perenifólia, heliófita e higrófita, encontrada em várias formações vegetais, porém invariavelmente em áreas brejosas ou permanentemente inundadas. É particularmente frequente nas baixadas úmidas de áreas de cerrado do Brasil Central, em agrupamentos quase homogêneos, conhecidos como Veredas de Buritizais.

Produz grande quantidade de frutos, chegando a produzir cerca de 3 toneladas de cocos que são avidamente consumidos por diversos animais.

O Buriti também é conhecido por sua grande capacidade de renovação celular. Funciona como um excelente esfoliante natural, removendo as células mortas e proporcionando vitalidade à pele.

É muito usado em produtos pós-sol. Nas regiões pesqueiras da Amazônia o óleo de Buriti é utilizado pelos pescadores após longas horas de trabalho. Como eles se expõem muito ao sol, utilizam o óleo que alivia e revitaliza a pele.

Em tupi-guarani seu nome pode significar: "aquele que contém água", ou "a árvore que emite líquidos", ou ainda, "a árvore da vida". Consagrada pelos índios por se aproveitar tudo dela, o que era de grande utilidade aos índios.

Os moradores do cerrado brasileiro, e toda a região onde o Buriti se encontra têm grande estima por ele, principalmente pelo fato de se aproveitar praticamente tudo.

Veja alguns exemplos:

Dos seus frutos, se tira a polpa e dela é extraído um óleo comestível com alto índice de vitamina C, vitamina A, além de possuir um alto valor nutritivo.

O fruto do Buriti descascado deve ser ralado e essa massa colocada para ferver. Na fervura, um óleo dourado começa a boiar e é cuidadosamente retirado para uso, principalmente, culinário.

Seu óleo é riquíssimo em ácidos graxos, e pode dar à pele um toque macio e acetinado.

Este óleo também pode ser utilizado contra queimaduras, pois ele proporciona um enorme alívio, além de ser cicatrizante.

O óleo ainda produz um potente vermífugo.

A polpa é utilizada para a produção de sorvetes, cremes, geléias, licores entre outros alimentos.

Também se utiliza o palmito do Buriti, comido refogado; ou faz-se doce.

Das raízes faz-se remédio.

Sua madeira, pesada e dura, é utilizada para se fazer esteios e colunas para casa e currais.

O tronco rachado ao meio é muito utilizado na construção de calhas.

As folhas são usadas para algumas coberturas (telhados), esteiras, peneiras, móbiles, entre outros produtos artesanais.

Seus talos são usados para a fabricação de móveis domésticos.

A incisão da inflorescência, antes de desabrocharem as flores, fornece um líquido adocicado que, se fermentado, se transforma no "vinho de buriti", podendo este ser preparado também do mesocarpo do fruto, de onde se fabrica o famoso doce de buriti.

A medula do tronco fornece uma fécula semelhante ao sagu.

Composição

Proteínas: 1,8g/100g
Gordura: 11,2g/100g
Carboídratos: 20,4g/100g
Fibras: 7,9g/100g
Calorias: 189,6kcal
Zinco: 0,63mg/100g

Fonte: www.bairroburitis.com

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